Emigrantes angolanos em Portugal sentem-se descriminados
Vários emigrantes angolanos residentes em Portugal, dizem sentir-se descriminados pelo facto de não exercerem o direito de voto no dia 23 de Agosto.

Segundo o MSN, site consultado pela Angola-Online, dá conta que os emigrantes angolanos com vontade de irem as urnas, no dia 23, sentem-se discriminados. Muitos emigrantes já apresentaram o seu descontentamento ao consolado angolano nas terras Lusas, mas o feedback em nada resultou.

“Tudo isto começou com uma carta que vários grupos de diáspora espalhados por África, Europa e Américas, enviada às representações e ao parlamento angolano a pedir o direito de voto, mas nem sequer recebemos uma resposta, foi o silêncio completo”, disse o emigrante angolano Manuel dos Santos.

Atendendo a este direito vetado, Manuel dos Santos, diz este cenário espelha a desorganização do governo angolano.

“Há uma “ausência de vontade política (em permitir o voto aos emigrantes)” a que se soma a falta de organização dos “serviços diplomáticos e consulares que nunca receberam qualquer orientação oficial no sentido de fazerem registo dos cidadãos”, concluiu.

Já Karina Carvalho, directora executiva da associação cívica Transparência e Integridade, residente em Portugal, garantiu que nunca deixou de se sentir angolana e tem trabalhado de perto com várias organizações internacionais que lidam com o país onde nasceu e onde já, depois de adulta, chegou a viver.

“O regime angolano não quer votos não controlados. Há uma ideia que só é angolano quem ficou em Angola. Todos os que saíram de Angola deixaram de ser considerados angolanos”, rematou

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