Detido homem suspeito de estar envolvido em esquema ilegal de vistos para Portugal e Brasil
Vendia vistos.

Nzuzi Lukumbu, assim identificado nos autos, foi detido em flagrante pelos efectivos da Direcção Central de Combate ao Crime Organizado (DCCCO) na terça-feira, dia, 17, por volta das 14:30, no distrito urbano da Maianga, município de Luanda, por suspeitas da prática dos crimes de associação criminosa, extorsão e obtenção de diversas tipologias de vistos para Portugal e Brasil, avançou ao Novo Jornal o director nacional da direcção de comunicação institucional e imprensa do SIC-Geral, Manuel Halaiwa.

O responsável adiantou que o suspeito, em prisão preventiva, medida de coação mais gravosa, aplicada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) junto do SIC-Geral, faz parte de uma rede criminosa que permanecia nos imediações das embaixadas de Portugal e Brasil, arquitectando o esquema.

"Esperando por cidadãos em busca de um visto, o suspeito e os seus comparsas, foragidos das autoridades, prometiam conseguir os vistos, desde que a vítima pagasse a quantia de 600 mil kwanzas", conta, salientando que o suspeito recebia a quantia inicial de 400 mil Kz, e ficava com o passaporte da vítima "e depois fazia chantagem para a vítima efectuar a entrega dos restantes valores, 200 mil Kwanzas para entrega dos passaportes".

De acordo com a investigação do SIC-Geral, foi possível averiguar que existe um outro membro da rede criminosa que "possui contactos com funcionários das embaixadas e conseguem os vistos sem cumprir com os procedimentos legais para a obtenção do visto", face a esta situação, as duas embaixadas serão alvo de trabalhos de inteligência criminal para apurar os factos.

"Na sequência investigativa fez-se uma vistoria à casa do suspeito tendo sido encontrados 11 passaportes nacionais, 62 recibos para emissão e remissão de passaportes nacionais, 20 fotografias tipo passe de cidadãos supostamente nacionais, quatro cartões de vacina internacional, vários extractos de diversos bancos, emitidos em nome de vários cidadãos, que foram imediatamente apreendidos", descreveu, Manuel Halaiwa.

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