“Descontentamento social em Angola foi silenciado pelo Governo”, acusa Amnistia Internacional
A Amnistia Internacional, acusou esta quarta-feira, num relatório anual de 2016, que o descontentamento social e os protestos decorrentes do agravamento da crise económica em Angola, provocada pela queda das receitas do petróleo, foram silenciados pelo Governo e com violação de direitos.
NJ

“Isto levou a manifestações contínuas de descontentamento e restrições aos direitos à liberdade de expressão, associação e reunião pacífica. O Governo usou o sistema de Justiça e outras instituições do Estado para silenciar a dissidência", lê-se no relatório da organização.

A informação consta do relatório anual de 2016, divulgado esta quarta-feira, recorda que o agravamento da crise "desencadeou aumentos de preços para alimentação, saúde, combustível, recreação e cultura". 

A organização acrescenta também que o direito à moradia e o direito à saúde também "foram violados" em 2016, prisões arbitrárias, julgamentos com "motivações políticas" ou acusações de difamação e leis de segurança nacional, continuam a merecer violações por parte do Governo Angolano.

No relatório, Amnistia destaca a libertação em Luanda do grupo dos 17 activistas condenados por actos preparatórios de rebelião, e em Cabinda, do activista Marcos Mavungo. E considera que foram "passos positivos", mas o caso de Rufino António, de 14 anos, morto a tiro em Viana, na zona do Zango, por militares, durante um protesto contra a demolição da casa dos pais, é apontando como um exemplo da violação do direito à habitação e organização.

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