De olhos em 2022: Governo com missão de combater fake news
Quando o termo "fake news" aparece, as pessoas geralmente pensam em postagens nas redes sociais que contêm óptimas histórias, piadas, memes e são totalmente inofensivas. Porém esse recurso é usado na propaganda há séculos, e a internet é simplesmente a mídia mais nova que está sendo usada para espalhar mentiras e desinformação.

Para uma notícia ser bem sucedida é preciso ter uma ferramenta para divulgar e controlar a mensagem. Televisão, rádios e jornais são os meios mais tradicionais e naturalmente estão sob o comando dos mais poderosos. Porém, hoje em dia, temos as redes sociais, que estão nas mãos de praticamente toda a população. De forma extremamente mais fácil, é possível ter absoluto controle de interação, conteúdo e mensuração, através de curtidas, compartilhamentos, tudo isso de forma gratuita e através de um simples computador.

Claro, para que as ferramentas sejam úteis, as redes sociais devem existir como uma plataforma de divulgação de propaganda. À medida que as pessoas passam mais tempo em páginas de Facebook, por exemplo, mais credibilidade esse meio de comunicação vai ganhando.

O problema de espalhar notícias falsas já pode ser sentido pelo mundo afora, política e economia são as áreas de maior perigo e interesse, naturalmente. Porém, existe uma diferença entre simplesmente divulgar a propaganda e transformá-la em algo consumido pelo público. Alguns estudos nos dão a ideia do alcance e da organização de campanhas que procuram controlar a opinião pública. Por fim, a campanha sempre vem com a pergunta: POR QUÊ?

Governos, empresas e usuários estão despertando para o perigo de manipular a opinião pública - como ela é expressa em "fake news" - com frequência. Os governos estão começando a perceber que notícias falsas são algumas das coisas que devem ser combatidas activamente. Diversas agências governamentais estão reformando os serviços para interromper histórias que consideram falsas. Eles também estão considerando fazer cumprir os regulamentos e penalizar sites que espalham desinformação. Os objetivos desses novos regulamentos incluirão serviços de mídia social.

Isso pode tornar as notícias falsas realmente ruins para os negócios, e é por isso que eles estão tomando medidas para combatê-las. As etapas tomadas incluem suspender contas suspeitas, adicionar recursos que permitem aos usuários relatar notícias falsas e contratar mais funcionários para ajudar a influenciar esses relatórios.

Mas no final, estamos discutindo uma série de sinalizadores de notícias falsas, com a esperança de que nossos leitores sejam capazes de determinar como localizar as notícias falsas por conta própria. Também discutimos a psicologia das notícias falsas - o que faz essas campanhas funcionarem e a maneira como você deseja convencer as pessoas - na esperança de que o conhecimento dessas tecnologias possa capacitar os leitores a se opor a elas. A divulgação na web requer uma enorme quantidade de notícias falsas e boatos, aumentando assim o número de vítimas. É comum acreditar e perceber que as informações na web são relativamente não confiáveis e, ao mesmo tempo, é irônico que ela aceite cada vez mais crentes a cada dia e a cada momento.

O Facebook e o Twitter anunciaram uma estratégia para limitar a cobertura de notícias após a crise eleitoral de 2016 nos EUA, que se concentra em trabalhar com analistas externos promovendo o conceito de fake news e reduzindo a exposição de notícias falsas. E isso ocorreu novamente agora, na eleição de Joe Biden. As reclamações são de fraude eleitoral. Eles marcam a notícia, escrevem que muitas vezes está errada, alguns tweets pedem fontes confiáveis e publicam procedimentos para reduzir o risco.

Os americanos associam a desinformação ao Facebook e, portanto, às formas como eles moldaram as conversas em torno da eleição presidencial de 2016. Mas em outros países, as falsificações também podem espalhar serviços de mensagens igualmente privados, às vezes com consequências mortais. Pelo menos 24 pessoas morreram em multidões na Índia desde o início do ano, suas mortes alimentadas por rumores que se espalharam no WhatsApp, o serviço de mensagens do Facebook.

Por exemplo, no Brasil, o WhatsApp se tornou um campo de batalha político na eleição de Jair Bolsonaro X Fernando Haddad, imagens fraudulentas, vídeos obscuros e gravações de áudio tornaram-se armas de campanha, e não se sabe a origem de tais mensagens, muito menos o impacto delas na população. A maioria dos golpes retratam Haddad como um comunista que transformaria o Brasil em outra Cuba. O WhatsApp fez publicidade contra essas informações falsas e bloqueou milhares de contas durante a campanha.

E o que será de Angola diante de todo esse cenário e com uma importante eleição presidencial em 2022? É importante entender e combater esse fenômeno de “fake news”. Esse assunto precisa ser debatido nas escolas, no seio familiar e também divulgado incessantemente pelos próprios veículos de comunicação. Não podemos deixar cair nessa armadilha da qual o mundo todo está provando. Ou seja, ao ler alguma mensagem, certifique-se, recorra a uma segunda fonte, e principalmente não compartilhe algo que você não tem absoluta certeza.

REAÇÕES

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