Crise entre EUA e Irão reúne NATO com emergência
Os embaixadores dos 29 países da NATO vão reunir-se hoje extraordinariamente para discutir a crise entre os Estados Unidos e o Irão.

P U B L I C I D A D E

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Os embaixadores dos 29 países da NATO reúnem-se regularmente em Bruxelas, várias vezes por semana, para discutir questões actuais e assuntos de interesse comum.

No Sábado, a NATO anunciou que suspenderia as operações de treino no Iraque após a morte do general iraniano Qassem Soleimani durante um ataque norte-americano a Bagdad, no Iraque, na Sexta-feira.

A missão da NATO no Iraque, que tem algumas centenas de militares, treina as forças do país desde Outubro de 2018, a pedido do Governo iraquiano, para impedir o retorno do Estado Islâmico (EI).

O general Qassem Soleimani, comandante da força de elite iraniana Al-Quds, morreu na Sexta-feira num ataque aéreo contra o carro em que seguia, junto ao aeroporto internacional de Bagdade, ordenado pelo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

No mesmo ataque morreu também o 'número dois' da coligação de grupos paramilitares pró-iranianos no Iraque, Abu Mehdi al-Muhandis, conhecida como Mobilização Popular [Hachd al-Chaabi], além de outras oito pessoas.

O ataque ocorreu três dias depois de um assalto inédito à embaixada norte-americana que durou dois dias e só terminou quando Donald Trump anunciou o envio de mais 750 soldados para o Médio Oriente.

O Irão prometeu vingança e anunciou no Domingo que deixará de respeitar os limites impostos pelo tratado nuclear assinado em 2015 com os cinco países com assento no Conselho de Segurança das Nações Unidas — Rússia, França, Reino Unido, China e EUA — mais a Alemanha, e que visava restringir a capacidade iraniana de desenvolvimento de armas nucleares. Os Estados Unidos abandonaram o acordo em Maio de 2018.

No Iraque, o parlamento aprovou uma resolução em que pede ao Governo para rasgar o acordo com os EUA, estabelecido em 2016, no qual Washington se compromete a ajudar na luta contra o grupo terrorista Estado Islâmico e que justifica a presença de cerca de 5.200 militares norte-americanos no território iraquiano.

FONTE: Lusa

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