Os dados são de uma análise do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto, em colaboração com o ministério da Saúde português, que olhou para os números da pandemia no país entre os meses de Junho e Julho.

A conclusão do estudo é a de que "os imigrantes estão a correr mais risco de se infectar proporcionalmente do que os nacionais portugueses", diz o coordenador do estudo, professor Henrique Barros.

A vulnerabilidade dos imigrantes está relacionada às condições socioeconômicas em que estão inseridos. 

"Muitos desses casos estão ligados a surtos, por exemplo, em locais de habitação, porque as pessoas habitam em condições de sobrelotação. Sobretudo apartamentos divididos", analisa Barros.

De salientar que os dados actuais indicam que 66 angolanos estão infectados pela Covid-19 em Portugal. Destes, 35 continuam activos, entre eles 18 residentes, 10 não residentes e sete da Junta Médica.

Há ainda o registo de 28 pessoas recuperadas e três óbitos.