Construção da refinaria do Soyo arranca com consórcio que integra empresa ligada a antigas figuras do universo do ex-Presidente JES
O arranque das obras da refinaria do Soyo, do consórcio Quantem, constituído pelas empresas americanas TGT, Quantem, Aurumeamp;Sharp, e pela empresa de direito angolano Atis-Nebest, empresa ligada a antigas figuras do universo do ex-Presidente Dos Santos.

A zona da Matanga, sudeste do Soyo, vai albergar a infraestrutura que prevê empregar mais de 3.000 pessoas, maioritariamente jovens habitantes daquela cidade.

O projecto vai ser erguido numa área de 712 hectares e a sua conclusão está prevista para 2025.

A construção da Refinaria do Soyo está avaliada em 3,5 mil milhões USD e terá, entre outras especificidades, uma unidade de processamento e outra de aprovisionamento de petróleo bruto, um sistema de transportes e instalação de acessórios, bem como de um cais para ancorar dois petroleiros com a capacidade de até 100 mil toneladas de petróleo bruto.

As obras prevêem, também, a edificação de uma zona residencial para mil empregados, estação de produção e tratamento de água potável e residual, aterro sanitário de resíduos e uma central eléctrica.

A construção da refinaria do Soyo, com uma capacidade de processamento de até 100.000 barris de petróleo bruto por dia, foi alvo de um concurso público internacional de investimento privado lançado em meados de Outubro de 2020, tendo sido anunciado o vencedor a 16 Março de 2021.

O Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás (Mirempet) informou, nessa altura, em comunicado, que o consórcio Quantem obteve pontuação final de 31.5, seguido pelo CMEC, com 30.9, e pela Gemcorp, com 29.9. No quarto lugar ficou o consórcio Satarem, com 27.4 valores.

O vice-ministro das Obras Públicas no Governo de José Eduardo dos Santos, José Alberto Puna Zau, que foi também presidente do conselho de administração da Sadissa, empresa ligada a Manuel Vicente, é um dos sócios da Atis Nebest, que integra o consórcio Quantem (ler aqui).

José Alberto Puna Zau, que ocupou os cargos de vice-ministro das Obras Públicas no Governo de José Eduardo dos Santos, e de curador da Fundação com o nome do ex-Presidente angolano (FESA), foi também PCA da Sadissa, que tinha como sócios o ex-vice-Presidente, Manuel Vicente, e o ex-embaixador de Angola em Paris, Miguel da Costa, até Agosto de 2019, altura em que ambos cederam as suas quotas a José Miguel Tchinpolo e Adelino Chimbondo Diló, os outros dois sócios da empresa.

A Sonangol, representada pela sua afiliada Sonaref e o Quantem Consortium Angola assinaram um memorando de entendimento que institui, "numa base de exclusividade, o período para o cumprimento das actividades, obrigações e responsabilidades inerentes à construção da refinaria do Soyo, no Zaire".

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