Segundo um dos responsáveis do colégio, cuja identidade não revelou, em declarações à MFM, disse que o colégio foi encerrado pelo facto de ensinarem o alcorão e outras culturas alheias a angolana, e ‘’deram-nos cinco dias para abandonar o país’’.
Mas as causas do encerramento continuam a provocar outros contornos, de acordo com à Folha 8, o colégio foi encerrado porque os proprietários fazem parte do clérigo muçulmano Fethullah Gulen, responsável pela tentativa de Golpe de Estado na Turquia. E o Governo turco, na voz de Tayyip Erdogan (presidente da Turquia), pressionou o Governo angolano a encerrar o colégio pelos proprietários estarem a ensinar ‘’terrorismo’’.
Em resposta, a estudante de 17 anos do referido colégio, de nome Tchissola, num vídeo de 9 minutos, esclarece que os professores não fazem parte do Fethullah Gulen, e que o mesmo movimento é humanista e não terrorista.
"Esse movimento [lançado por Fethullah Gulen] não tem nada de errado, é um movimento humanista, que tem como objectivo mostrar ao mundo que nem todos os muçulmanos são extremistas", defendeu a estudante, acrescentando, "não fazemos parte do movimento, mas se fizéssemos não teria mal nenhum".
A mesma condenou a acção da Polícia Nacional e do Serviço de Migração e Estrangeiros aquando do encerramento da instituição de ensino. "Eles foram violentos, eles nos agrediram física e moralmente porque fizeram tudo na presença de crianças", disse fazendo saber,"incomoda-nos estarem a tratar os nossos professores como criminosos porque somos como família".
Tchissola diz que sempre o colégio primou pela qualidade de ensino e promoção de actividades de carácter educacional, tendo viajado para representar o país em nome do colégio, nos EUA, Holanda e Azerbaijão, onde ganhou prémios junto com demais colegas.