CNE diz que fez auditoria no ficheiro, UNITA não acredita
A Comissão Nacional Eleitoral (CNE) diz ter avançado com uma auditoria ao ficheiro que serviu de base à elaboração dos cadernos eleitorais e "oportunamente" vai tornar público o relatório, mas não antecipou se o documento será apresentado antes ou depois das eleições, que se realizam a 24 deste mês.

O porta-voz da CNE, Lucas Quilundo, apenas garantiu que "muito brevemente o relatório de auditoria no Ficheiro Informático de Cidadãos Maiores [FICM] e a solução tecnológica para o apuramento dos resultados será tornado público".

Lucas Quilundo afirmou que o processo foi feito na sequência de um concurso público internacional promovido pela CNE, ao qual concorreram oito entidades nacionais e internacionais, tendo sido seleccionada a Intellera para a auditoria ao processo tecnológico das eleições gerais e do FICM.

"Podemos dizer sem qualquer pretensão que todo o processo de aquisição de bens e serviço para o processo eleitoral foi conduzido com base no que estabelece a lei e todos os procedimentos concursais foram abertos e foram públicos", afirmou.

Sobre a existência de mortos no Ficheiro Informático de Cidadãos Maiores, onde consta a relação nominal dos cidadãos habilitados a exercer o direito de voto e que resultou do cruzamento das bases de dados dos registos eleitoral e do civil, o porta-voz da CNE desvalorizou, argumentando que em qualquer base de dados "é natural que existam falecidos".

A CNE, segundo Lucas Quilundo, recebeu o ficheiro do Ministério da Administração do Território exclusivamente em modo de leitura, pelo que não é editável, tendo servido apenas para a elaboração dos cadernos eleitorais.

A CNE "não sabe, nem está em condições de dizer quantos falecidos lá se encontram, não teve acesso a essa informação", acentuou, indicando que, pelo facto de o ficheiro ser recebido desta forma, existe uma "impossibilidade material e legal de algum modo de fazer a limpeza dos mortos do ficheiro".

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