CNE desconhece quaisquer irregularidades - ″Dia eleitoral foi um sucesso retumbante″
O porta-voz da Comissão Nacional Eleitoral (CNE), Lucas Quilundo, afirmou esta quarta-feira, no final do dia em que Angola foi a votos pela quinta vez desde a independência, que o processo foi um "sucesso retumbante".

"Todas as assembleias de voto estão encerradas. Terminou o processo de votação e encontramo-nos neste momento no processo de escrutínio", afirmou.

Em resposta às questões colocadas pelos jornalistas, nomeadamente sobre se está disponível informação sobre a taxa de participação, o porta-voz da CNE afirmou que não há ainda condições para tal.

Já sobre as várias denúncias que dão conta de houve vários delegados de lista presos ou que não puderam entrar nas assembleias de voto, Lucas Quilundo declarou que não tinha chegado qualquer queixa à CNE.

O porta-voz da CNE disse ainda que da África do Sul, República do Congo e da Zâmbia já começaram a chegar as primeiras actas-síntese.

Lucas Quilundo, respondendo a perguntas feitas por jornalistas em grupos de três com direito a duas perguntas, lembrou a impossibilidade de apontar um prazo para o anúncio dos resultados provisórios visto que se trata de um processo de contagem de votos ininterrupto.

Para isso ser garantido, a CNE disponibilizou inclusive kits de iluminação de forma a que a votação possa desenrolar-se sem paragens em caso de problemas com a energia.

"O processo de contagem é ininterrupto, até que todos os votos sejam contados na respectiva assembleia de voto", notou, acrescentando que, "por isso não é possível ter uma previsão para o anúncio dos resultados. Esse processo está em curso".

"Mesmos as zonas mais distantes, fora dos espaços urbanos, essa contagem será de forma seguida porque a CNE procurou dotar todas as assembleias com kiys de energia para não atrapalhar o processo de contagem dos votos", explicou.

Sobre alguma polémica nas redes sociais devido ao horário de fecho das assembleias de voto, Lucas Quilundo lembrou que a alteração à lei das eleições gerais feita recentemente introduziu um novo horário, passando este a definir o fecho às 16:00 com a possibilidade de os eleitores votarem até às 17 estando presentes no local, estando a razão para a confusão no facto de anteriormente esse prazo ser mais longo, com um fecho mais tardio.

Respondeu ainda a dúvidas sobre alegados problemas no credenciamento de delegados dos concorrentes, partidos e a coligação de partidos. "Reafirmamos que enquanto administração eleitoral, não temos conhecimento de impedimentos ocorridos no credenciamento de delgados de lista dos concorrentes".

Lucas Quilundo disse ainda que foi com "estupefacção e estranheza" que essa informação, a alegada dificuldades observada no credenciamento de alguns delegados de lista.

E admitiu ainda algumas falhas no que toca à decisão tomada já hoje pela CNE de permitir que cidadãos eleitores pudessem votar com documentos caducados.

Essas falhas, "pontuais", na chegada da informação sobre a decisão de aceitar a votação aos cidadãos com documentos de identificação caducados podem ter levado a que alguns responsáveis de assembleias de voto "tenham visto com relutância essa decisão".

Perante uma questão sobre deslocalização de eleitores, o porta-voz da CNE disse que isso tem de ser visto caso a caso e com a verificação dos dados do ficheiro, sublinhando que o princípio seguido foi o da estabilidade e da proximidade do eleitor à sua mesa de voto na área de residência.

Sobre os partidos que dizem ter condições para fazer o apuramento de resultados, Lucas Quilumbo disse que a Lei é clara e determina que apenas a CNE pode divulgar os resultados.

"Os resultados oficiais só podem ser processados e anunciados pela CNE. Só eles são relevantes", disse o porta-voz, assegurando que não há ainda uma previsão para anunciar os resultados provisórios.

Quanto aos vídeos de agentes da polícia nas proximidades das assembleias de voto, o porta-voz disse não ter conhecimento de qualquer situação. A CNE desconhece igualmente qualquer caso de detenção de elementos da UNITA com actas falsas ou de outras situações que possam manchar o processo eleitoral.

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