China disputa negócio dos fardos com a Europa
O fardo já vestiu milhões de angolanos e ajudou outros milhões a ter uma renda para viver. Começou por ser um negócio totalmente informal, mas hoje abastece lojas e empresas que estão formalizadas. A origem é maioritariamente da Europa, mas há três anos a esta parte os fornecedores chineses entraram em força neste negócio.

É impressionante a longa fila de pessoas na luta para entrar nos armazéns que vendem roupa usada logo nas primeiras horas da manhã. Isto acontece tanto na zona do "IFA", no Cazenga, como no centro comercial "Cidade da China", em Luanda, que comercializam as roupas usadas que chegam ao nosso País de vários pontos de origem.

Os fardos, como são conhecidos, podem ser de roupas usadas, normalmente recolhidas em países europeus, ou roupas novas que não entram no circuito comercial por alguma anomalia ou por desactualização face ao mercado de origem, actualmente com uma percentagem importante da China. Os melhores negócios são feitos por quem conhece a actividade, consegue olhar para os fardos e perceber exactamente a qualidade das roupas que lá estão.

Eulália Neto é um caso de sucesso da venda de roupa usada, sobretudo as de origem europeia. Ela contou que desta actividade veio a possibilidade de aumentar a sua gama de produtos comercializados. Ou seja, com os lucros que acumulou do "fardo" conseguiu investir em outros negócios como uma roulotte e três motorizadas, ao mesmo tempo que deixou de vender numa tenda e ergueu as paredes da sua boutique "Fardo limpo"." Foi a minha primeira fonte de renda", esclareceu.

O seu ponto de compra são os armazéns de roupa usada na 5ª Avenida, no Cazenga, na zona da Industrial Fosforeira de Angola ou simplesmente IFA. Lá as roupas são indicadas como sendo as de melhor qualidade e são tratadas como "fardo novo", são provenientes da Europa sobretudo, por isso custam mais caro mas também deixam uma margem maior ás vendedoras.

REAÇÕES

0
   
0
   
0
   
0
   
0
   
0
   
0
   
0