Caso 500 milhões: Lima Massano disse que transferência «não ficou registada»
O actual governador do BNA disse hoje em tribunal que a transferência dos 500 milhões não ficou registada no departamento de operações do Banco Central na data em que foi executada.

P U B L I C I D A D E

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José de Lima Massano garantiu perante os juízes do TS que se esta transferência, que, recorde-se, deveria, alegadamente servir para financiar o processo de criação um findo de mais de 30 mil milhões de dólares para investimento em Angola, tivesse seguido as tramitações “normais”, teria obrigatoriamente que ficar registada no departamento que tutela esses processos na estrutura do BNA.

“Uma operação que decorra com normalidade não deixa de ficar registada de forma oficial e não foi o caso dessa operação”, disse o Governador do BNA, acrescentando que o dinheiro foi enviado para uma conta no Credit Suisse de Londres em Agosto de 2017, mas só foi registada a 15 de Dezembro do mesmo ano.

Segundo Massano, isto entreabre a possibilidade de o processo ter decorrido de forma irregular, contrariando o que tem sido o argumento da defesa de Valter Filipe e Zenu, que garantem que os movimentos processuais desta transferência foram normais.

Questionado pelo tribunal se é possível ocultar uma operação em que estavam envolvidas altas figuras do estado, Lima Massano, disse não saber responder, reafirmando, porem que todos os movimentos desta natureza ao registados de forma adequada e não foi o caso desta transferência

O governador do BNA disse ainda que Valter Filipe não cumpriu com os procedimentos operacionais internos e expostos o banco a riscos graves que poderiam ter sido evitados.

Contrario ao que disse em fase de instrução preparatória, Lima Massano, afirmou, quando foi questionado pelo juiz, se o ex-governador Valter Filipe tinha ou não competência para transferir esses valores, respondeu que sim desde que a operação cumpra com estipulado na lei.

O governador do BNA foi hoje ouvido como declarante a pedido da defesa de Valter Filipe, no julgamento dos 500 milhões de dólares.

Fonte: NJ

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