Carros eléctricos com dificuldade de carregar em Luanda
Fica mais barato, quase gratuito para quem tem o pós-pago, carregar em casa do que nos postos de carregamento. O problema é que em casa chega a demorar oito horas para carregar totalmente a bateria.

Os carros eléctricos começam a surgir no País, sendo que as primeiras unidades desta solução ecológica chegaram pelas mãos da empresa Tupuca através do seu parceiro chinês, Chinangola, com a aplicação de táxis T"Leva. Ao que o Expansão apurou esta plataforma de mobilidade já possui 2.500 unidades destes veículos para apenas seis postos de carregamento em Luanda. Sendo que a média para cada carregamento completo é de 45 minutos por cada automóvel, nos locais oficiais de carregamento devido a sua potência. O que por vezes se traduz em demasiado tempo à espera, num sector onde "tempo é dinheiro".

Isto porque atendendo ao tem[1]po que leva para carregar as viaturas e ao facto de haver um número reduzido de postos de carregamentos, assiste-se a longas filas nos referidos locais, o que tem sido uma dor de cabeça para os motoristas da empresa prestadora de serviço de táxi personalizado. Só para se ter uma ideia, em uma fila de espera de 20 viaturas nos postos de carregamentos rápidos, o último carro terá de esperar mais de 14 horas até à sua vez e mais 45 minutos para carregar a bateria.

Deste modo, a opção da maioria dos motoristas passa por carregar em casa, apesar de levar mais tempo, já que a potência de energia é menor que as dos postos de abastecimento. Por isso, um carregamento em casa pode demorar até oito horas É uma solução morosa, mas financeiramente vantajosa, já que o custo do carregamento não se reflecte, em muitos casos, nas facturas dos consumidores, por haver ainda um número elevado de consumidores na rede de cobrança pós-paga, que é cobrada por estimativa e não por contagem de consumo. Ou seja, acabam por pagar sempre o mesmo quer carreguem oito horas por dia uma viatura durante trinta dias ou não.

Já o carregamento rápido nos postos é feito através da compra de cartões electrónicos com valor mínino de 1.500 Kz, e permitem carregar pelo menos três vezes em função da quantidade de carga na bateria. Para rodar o carro durante 22 dias acabam por pagar 11 mil Kz. "Carregar em casa é a primeira opção. Os nossos motoristas normalmente trabalham em dois turnos. Carregam o carro em casa durante a noite, trabalham e depois vão para um posto de carregamento para voltar a casa", explicou ao Expansão Manuel Santa Clara, director geral da plataforma T"Leva.

O responsável admite que há desvantagens do carro eléctrico para o carro a combustão. "Não se pode atirar cinzas sobre fogueira neste aspecto. O carro a combustão pode ser abastecido em cinco minutos, já o carro eléctrico, mesmo num posto de carregamento rápido, nunca faria menos do que 30 minutos para atingir a carga máxima. Essa é uma clara desvantagem, mas olhando para a questão ambiental é vantajoso continuar a aposta"., avançou

Vai aumentar postos

Para mitigar esta deficiência, a T"Leva pretende disponibilizar até ao final do ano mais seis postos de carregamento que poderão juntar-se aos seis já existentes. A ideia é manter a parceria com a Pumangol e continuar a expandir a rede de postos de carregamento rápido por onde houver uma bomba de combustível da Pumangol, diz o responsável. Em termos geográficos, a startup vai continuar a privilegiar o centro da cidade de Luanda. Ainda assim, o número de viaturas em circulação cresce a um ritmo superior em relação ao postos de carregamento.

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