Bornito de Sousa fora das listas do MPLA - João Lourenço aponta uma mulher para vice-Presidente
País poderá ter pela primeira vez uma vice-presidente.

João Lourenço não apresentou a sua aposta para nº 2 da lista do MPLA às eleições gerais deste ano, avançando apenas que será uma mulher, embora, segundo fontes contactadas pelo Novo Jornal, a actual secretária de Estado das Pescas, Esperança da Costa, seja o nome mais sólido para ocupa esse lugar.

Esta será a primeira vez que o País terá, caso o MPLA vença as eleições, uma mulher como vice-Presidente da República.

Na sua intervenção inicial, o líder do MPLA, que também é Presidente da República e volta a encabeçar a lista do partido, disse aos 693 membros do CC que na proposta de lista de candidatos à deputado pelo MPLA "salta à vista a não recondução do actual vice-Presidente".

E explicou que isso se deve à intenção demonstrada por Bornito de Sousa de não querer voltar a ocupa o cargo num segundo mandato.

"A intenção da não recondução foi manifestada logo no início do presente mandato pelo vice-Presidente Bornito de Sousa, propondo-se um outro nome para o cargo, no caso uma candidata ao cargo de vice-Presidente da República, apontou João Lourenço..

Nesta lista, enfatiza o líder do MPLA, está presente o "equilíbrio de género e uma representação significativa de jovens quadros para novas responsabilidades", que diz serem essenciais para enfrentar os novos desafios que o País e o Governo vão ter pela frente, sublinhando ainda que a composição desta lista demonstra a "aposta de sempre do MPLA na juventude angolana".

No final deste Comité Central, a decorrer em Luanda, no Futungo II, serão conhecidos todos os nomes propostos pelo MPLA para as eleições que deverão ter lugar em Agosto deste ano, embora ainda não tenham sido marcadas pelo Presidente da República.

Em traços gerais, nesta curta intervenção, João Lourenço apontou como traço contínuo para o seu programa de Governo a continuidade da aposta na luta contra a corrupção, a criação de um ambiente de negócios mais favorável à atracção do investimento e a sua diversificação, a produção interna deve acelerar e a consequente diminuição das importações.

Nesta declaração na abertura do CC do MPLA, João Lourenço apontou ainda baterias aos que andam a "descredibilizar as eleições" antes destas terem lugar.

Apesar de serem "parte da sua organização", os adversários políticos do MPLA, levam a cabo uma campanha para descredibilizar o processo eleitoral, quando estão na Assembleia Nacional e aprovam as leis eleitorais, estão na Comissão Nacional Eleitoral e fazem parte das suas decisões, apesar disso, conduzem uma "campanha interna e externa" de descredibilização das eleições "mesmo antes de elas se realizarem".

O presidente do MPLA defendeu ainda que várias forças políticas não estão preparadas para disputar as eleições, "porque perderam tempo em actividades de desestabilização social e vandalismo".

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