Angola sem especialistas para comemorar dia do enfermeiro
O mundo comemorou ontem o Dia do Enfermeiro, numa altura em que a Ordem dos Enfermeiros de Angola (ORDENFA) clama por valorização dos recursos humanos e contabiliza mais de dez mil desempregados.

Os enfermeiros desempenham um papel fundamental em qualquer sistema de saúde, por garantirem a funcionalidade das unidades hospitalares.

Apesar da importância que têm, os enfermeiros angolanos ainda enfrentam muitas dificuldades, que, segundo o bastonário da Ordem, Paulo Luvualu, exigem muito do profissional, mas não se lhe presta a devida atenção.

De acordo com o bastonário, os enfermeiros continuam a trabalhar em condições difíceis, associando-se as precárias condições de habitabilidade, factores que dão azo à falta de humanização nos serviços.

O desemprego, inadequação do regime de carreiras, a proliferação de escolas de enfermagem sem qualidade, a falta de pagamento de horas acrescidas, a discriminação e desrespeito aos profissionais, falta de promoção, entre outras, constam das dificuldades.

Paulo Luvualo disse, citado pela Angop, que estão no desemprego mais de dez mil enfermeiros. A Ordem recebeu e avaliou 45 mil processos de enfermeiros, formados entre 1975 e 2017, mas credenciou apenas 28 mil e 483, dos quais 18 mil 341 conseguiram emprego.

Dentre os profissionais por empregar constam enfermeiros especialistas bacharéis, técnicos médios especializados, técnicos médios e auxiliares de enfermagem. 

Todo o técnico de enfermagem, para exercer a profissão, em Angola, deve estar filiado na Ordem.

O Dia Internacional da Enfermagem é celebrado desde 1965. Oficialmente, a data só foi estabelecida em 1974. O 12 de Maio foi escolhido em homenagem ao nascimento de Florence Nightingale, considerada a “mãe” da enfermagem moderna.

Fonte: Jornal de Angola

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