“Por isso é que estamos a reflectir até agora, queremos evitar que o impacto seja muito forte, queremos assegurar que o impacto seja o menor possível, e, por sabermos do potencial impacto, a decisão ainda não foi tomada”, afirmou Vera Daves.
Falando no encontro “pequeno-almoço” com jornalistas, Vera Daves referiu que estão, continuamente, a reflectir sobre o melhor momento e sobre as medidas que podem ser implementadas para a criação de um ambiente em que haja mais emprego e aumento do rendimento das famílias.
“Não queremos chegar a um cenário em que uma família chegue ao meio do mês sem dinheiro para pagar o transporte, para poder ir trabalhar ”, exemplificou.
Por causa disso, estão a reflectir, profundamente, sobre os impactos e a cadência. Se será faseado e a quantidade de fases. Quando começa e o que deve ser feito, para que, no final do dia, as famílias sintam menos o impacto negativo a curto-prazo.
Internamente, a discussão continua e já decorreram várias outras a nível da equipa económica, aguardando agora pela outra “derradeira”, para se tomar uma decisão.
Sem avançar o período, disse terem consciência sobre a importância da remoção, devido a um conjunto de factores, entre os quais o facto de a Sonangol pedir compensação fiscal às Finanças, por o Ministério estar a absorver o custo da subvenção no seu balanço.
O Ministério das Finanças, ao conceder tal compensação, deixa de executar um conjunto de bens e serviços, como no domínio social, que acabam por não ser efectuados devido ao imposto que a Sonangol não paga fruto da compensação.
“Estamos a deixar de realizar despesas importantes por causa deste subsídio”, afirmou a titular as Finanças
Outra questão que se levanta para a remoção do subsídios é a diferença dos preços que promovem a especulação.
De acordo com a governante, existe um diferencial entre o preço praticado nos países vizinhos e o de Angola, e quantidades consideráveis de combustíveis a serem comprados, que são pagos pelos contribuintes angolanos para depois serem vendidos a países vizinhos.
Pesquisa feitas dão conta que o Estado angolano gasta mais de 3,5 mil milhões de dólares, anualmente, com a subvenção aos preços dos combustíveis.