Um agente da Polícia Nacional, destacado no Comando Municipal da Humpata, província da Huíla, está detido por, presumivelmente, ter furtado uma arma na unidade e o seu filho passou a usar para cometer crimes
João Capewa, o filho do referido agente, foi descoberto ao ser surpreendido no interior de um estabelecimento comercial, onde pretendia realizar um assalto à mão armado.
O director do Gabinete de Comunicação Institucional e Imprensa do Comando Provincial da Polícia Nacional na Huíla, José Chimuco, disse que foi através deste acto que descobriram que um dos seus colegas havia retirado a arma e que conseguiram recuperá-la.
O sub-inspector José Chimuco informou que decorrem investigações internas para se apurar as reais razões que levaram o agente do Comando Municipal da Humpata a furtar a referida arma, já que a mesma não é de uso pessoal.
“Neste momento decorrem investigações para se apurar as reais razões que levaram o nosso agente a retirar, ilegalmente, uma arma orgânica, não de uso pessoal da unidade, e depois disso veremos que sanção lhe será aplicada”, disse.
João Capewa disse que é a primeira vez que fez o uso de uma arma de fogo. Contou que encontrou o material bélico no quarto dos progenitores e retirou com o propósito de se exibir com a mesma.
Quanto ao uso da mesma no assalto a um estabelecimento comercial localizado no bairro Bula Matadi, arredores da cidade do Lubango, o jovem, cuja idade não foi revelada, esclareceu que entrou no recinto com o propósito de pedir 500 Kwanzas ao cidadão que trabalhava em casa. Ele tinha a arma carregada, pronta a disparar, em caso de necessidade, guardada numa pasta.
“Entrei na loja e pedi 500 Kwanzas na pessoa que estava a atender. Ela disse que não tinha”, frisou, sublinhando que não usou a arma de fogo.
Disse que, entretanto, foi surpreendido com o surgimento no estabelecimento de amigos da vítima que desataram a agredi-lo. “Começaram a me bater e só de pois é que viram a arma na pasta, mas não estava carregada”, revelou.
Entretanto, o jovem residente no bairro Nambambe, zona D 1, arredores da cidade do Lubango, diz estar arrependido e pede desculpas aos pais e à sociedade.
