Adalberto Costa Júnior puxa orelha a TPA no dia de modernização
Em ambiente de festa na televisão pública, líder da oposição lança críticas.

"Merecemos ter uma televisão e um jornalismo que acolha todas as opiniões, independentemente da cor partidária, do seu estrato social ou da sua religião", comentou o líder da UNITA na sua página de Facebook, reagindo à inauguração, esta segunda-feira, 30, do complexo de Produção de Conteúdos da Televisão Pública de Angola (TPA), que passa a transmitir o seu sinal por meio digital.

De acordo com Adalberto Costa Júnior, "as instituições merecem igualdade de tratamento por se tratar de um bem público, porque a TPA é de todos os angolanos".

"A Televisão angolana anuncia modernizar-se tecnicamente. E ignora o Congresso da Nação onde quadros da sociedade apresentaram soluções para o futuro de Angola. Pena que os conteúdos jornalísticos da TPA continuam no passado", lamentou o principal líder da oposição.

O centro, inaugurado pelo Presidente da República, João Lourenço - um investimento de uma linha de financiamento japonês de 35 milhões de euros -, denomina-se "Ernesto Bartolomeu", e marca, também, a transição do sistema analógico para a emissão em Alta Definição, HD na sigla em Inglês.

De acordo com o administrador para a área de conteúdos da TPA, Neto Júnior, "com o sistema digital melhora consideravelmente a qualidade de som e imagem mais nítida".

Salientou que a TPA vai continuar também no sistema analógico, para contemplar as famílias menos favorecidas, obedecendo aos princípios constitucionais da universalidade e da igualdade, oferecendo conteúdos informativos e de entretenimento.

Segundo Neto Júnior, o desafio é tornar cada vez mais acessível o serviço de televisão em Angola, através da extensão da rede de difusão.

Por outro lado, o administrador disse estar assegurada a transmissão dos tempos de antena, reservados aos partidos políticos durante a campanha eleitoral.

Declarou que a TPA tem condições para uma redacção preparada para a cobertura das eleições, com uma equipa de 56 jornalistas, que vão ao mesmo tempo processar textos, imagem e som.

Adiantou estar também facilitado o acolhimento dos representantes dos partidos políticos, para os tempos de antena constitucionalmente exigidos.

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