60% dos angolanos querem abandonar Angola
Mesmo com a crise mundial e restrições impostas pela covid-19, angolanos que desejam abandonar o país para trabalhar no exterior aumentam 2 pontos percentuais face a 2018.

Seis em cada dez angolanos revelaram intenção de abandonar o país para trabalhar no exterior, revela um estudo de consultoras internacionais que recolheu opiniões de cinco mil pessoas no ano passado, 57% dos quais jovens e destes 78% com habilitação literária alta. 

Os números revelam um crescimento de 2 pontos percentuais, face a 2018, ano em que se registou uma certa redução, após os 89% verificados em 2014. Portugal continua a liderar entre os destinos mais desejados, tal como em 2018. Seguem-se Canadá, EUA, Brasil, França, Alemanha, África 60% dos angolanos desejam trabalhar no exterior S PORTUGAL CONTINUA A SER O PAÍS MAIS DESEJADO do Sul, Suiça e Espanha. 

Entre as 22 áreas em que os angolanos gostariam de trabalhar destacam-se os media e informação, assistência social, gestão, trabalho manual e fabricação, atendimento ao cliente, trabalhos em engenharia e técnico, digitalização e automação e tecnologia. 

O relatório dá conta também que, dos participantes, 62% estão dispostos a trabalhar no exterior de forma remota. 

Elaborado em parceria com a Jobartis, o estudo inqueriu angolanos com idades compreendias entre os 20 e os 60 anos, 71% dos quais homens e 28% mulheres.

 ANGOLA ATRACTIVA A ESTRANGEIROS

 Em sentido oposto, segundo o relatório, denominado Global Talent Survey, destinado à pesquisa do mercado de trabalho a nível mundial, que contou com a participação de 209 mil pessoas em 196 países, Angola melhorou no ranking dos países onde as pessoas gostariam de trabalhar.

 O país subiu 14 posições, ocupando actualmente o 67.º posto, com os brasileiros e portugueses a liderarem a lista dos interessados. Em resultado das restrições impostas pela pandemia da covid-19, refere o relatório, o surgimento de políticas nacionalistas e regulamentações de imigração mais rígidas em economias-chave, particularmente no Reino Unido e EUA, a intenção de trabalhar no exterior reduziu no ano passado.

Valor Económico

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