"O 1.º de Agosto está quase em falência técnica" devido ao corte significativo da verba que recebia do Estado, lamentou um membro dos órgãos sociais do clube militar; apontando, de seguida, que, de um tempo para cá, as despesas do emblema titulado pelo Ministério da Defesa Nacional e dos Veteranos da Pátria (MINDENVP) têm estado acima das receitas.
A solução para o vasto dilema financeiro que o Clube Desportivo 1.º de Agosto atravessa, segundo o interlocutor, deverá ser encontrada na aguardada assembleia-geral ordinária, cuja realização, segundo a fonte, foi marcada para a segunda quinzena do mês que agora arrancou.
Entretanto, uma outra fonte explica que há um "porém" quanto à realização da assembleia-geral ordinária marcada para depois do dia 15 de Abril, mencionando que o importante evento pode ser condicionado pelo "pente fino" que está a ser feito às contas do clube de 2021. "A não-conclusão da auditoria externa que está a ser feita ao relatório e contas de 2021 pode forçar ao adiamento da assembleia geral ordinária", garantiu o interlocutor.
A assembleia-geral do "pri" tem, entre outras, competências de eleger os membros dos órgãos sociais do clube, apreciar e votar o orçamento anual, contas e relatórios de actividades financeiras, atesta o Estatuto do 1.º de Agosto.
De acordo com o número um do artigo 24 do Estatuto do Clube Desportivo 1.º de Agosto, publicado no Diário da República do dia 08 de Outubro de 2014, e consultado pelo Novo Jornal, o núcleo duro do emblema militar deve reunir-se ordinariamente duas vezes "por ano para apreciar e deliberar sobre o orçamento e plano de actividade do ano seguinte, bem como para apreciar e votar as contas e o relatório de actividades do ano transacto, nos termos estabelecidos no regulamento geral do clube".
NJ