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O apoio surgiu num encontro formal entre os dois líderes, em Benguela, na sequência de a justiça angolana ter decidido, a pedido do Estado de Angola, arrestar bens de Isabel dos Santos.
O Presidente angolano, João Lourenço, assegurou hoje ao seu homólogo da República Democrática do Congo (RD Congo) que o executivo não interfere na justiça, num encontro onde foram analisadas as consequências do arresto de bens de Isabel dos Santos.
“Sobre a matéria de combate à corrupção e à impunidade, os chefes de Estado [Félix Tshisekedi e João Lourenço] consideram ter havido grande magnanimidade da parte do Estado angolano, sobre o repatriamento de recursos financeiros, oportunidade não aproveitada no devido tempo”, lê-se num comunicado emitido pela presidência de Angola.
O Tribunal Provincial de Luanda decidiu arrestar de bens de Isabel dos Santos e do marido, Sindika Dokolo, incluindo contas bancárias e participações em várias empresas angolanas, “impedindo qualquer transferência de valores a partir destas contas seja qual for o motivo”.
Em causa está a não devolução de um financiamento que a empresa estatal Sonangol tinha constituído para pagar a entrada da Exem, cujos beneficiários são a empresária e o marido, numa sociedade controlada pelo Grupo Amorim e dessa forma, indiretamente, na portuguesa Galp Energia.
Félix Tshisekedi e João Lourenço consideram que “o melhor caminho para os visados será a máxima colaboração com as autoridades competentes do Estado e com a Justiça angolana, e neste contexto, o chefe do Estado angolano apelou à cooperação internacional no sentido de apoiar o esforço de combate à corrupção e à impunidade em Angola”.
Fonte: Angola 24 Horas