Torneiras da EPAL na Caop jorram baratas

As torneiras instaladas pela EPAL no bairro Caop, município de Viana, na época das eleições, estão a ser furtadas e tornaram-se viveiros de baratas.

Há mais de seis meses que a EPAL instalou torneiras nas residências do bairro Caop, em Viana, no quadro das mais de cem mil ligações domiciliares,  até ao momento as mesmas não jorram o precioso líquido e tornaram-se viveiros de baratas. 

“Antes das eleições colocaram as torneiras, estávamos todos alegres, inclusive cada morador pagou duzentos kwanzas aos técnicos para almoçar quando trabalhavam. Prometeram que teríamos água nas nossas casas num curto período, afinal era tudo truques, puseram as torneiras e foram embora”, conta Augusto Segunda.

Em algumas residências as torneiras foram furtadas, noutras vandalizadas por indivíduos não identificados, situação que leva os moradores mais uma vez a apelar às autoridades a fazer as ligações.

“As torneiras estão ser roubadas, a estragar porque são refúgios das baratas. Não compreende-se a razão que leva o nosso bairro não ter água, na rua Brasileira passou uma conduta, é tão difícil ligar? A Comissão de moradores e a Administração municipal sabem disso não fazem nada. Na altura da instalação estavam todos aqui a dar esperança ao povo e hoje nos fogem. Tenha bondade de quem vos elegeu, venham pôr água nas nossas casas”, apela Simão Lopes.

Os moradores fizeram saber à Angola-Online, as ligações passaram a ser negócio dos técnicos da EPAL, muitas residências têm água potável, depois de pagar para tal.

Muitos mostram-se inquieto quanto as ligações, caso as obras de asfaltagem da rua Brasileira retomem.

“É na rua Brasileira onde passou a conduta, se asfaltarem como a EPAL fará para garantir água nas nossas casas? Será obrigada a escavar o asfalto, vamos ter água, mas teremos a estrada novamente em mau estado. É bom que a EPAL faça as ligações enquanto a obra está paralisada, aliás, não se justifica esse todo tempo não termos água,” observa Simão Lopes.

O bairro Caop está dividido em A, B e C, nunca teve água potável, os moradores dependem dos tanques e percorrem vários metros para ter o preciso líquido.  A maioria dos chafarizes construídos no bairro, a maioria estão fechados.

Redacção