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Nas ruas da capital é visível o número de lojas que vendem antenas parabólicas e prestam serviços na área de reparação e manutenção do aparelho. A maioria das lojas é composta por jovens que depois da formação profissional em Telecomunicações, montagem, manutenção e reparação de antenas parabólicas, têm o seu primeiro emprego nas tais lojas, e fazem a sua vida devagar apesar das dificuldades enfrentadas diariamente.
"O nosso dia-a-dia não é muito rentável, mas dá para sobreviver. Aqui temos uma boa relação com os clientes, por vezes temos muitos clientes e noutras vezes nem sequer um aparece. Mas conseguimos entre 2 mil e 3 mil kwanzas por dia", explicou Pedro Domingos, em declarações à Lusa.
Apesar da crise económica que assola o país, Pedro Domingos, não tem desistido de cumprir com o seu papel de pai e tem ajudado no sustento da sua família.
"Ainda conseguimos fazer qualquer coisa, para não deixarmos a família com fome. No país o índice de desemprego é muito elevado, daí que estamos aqui para ganhar a vida", conta.
A mesma ideia é partilhada por Domingos Kila, seu companheiro de serviço que há 10 anos faz das ruas de Luanda, um ponto de contacto para os clientes que querem instalar parabólicas.
"Eu sou técnico e o nosso dia aqui é marcado com trabalhados intercalados. Dia sim, dia não, mas a actividade dá para pelo menos sustentar a família. Posso levar para casa por dia entre os 3 mil e os 5 mil kwanzas, porque a crise também afectou e ficamos mesmo dias sem qualquer serviço", concluiu.
Lusa