Suicídio caso para reflectirmos
Suicídio é um fenómeno transversal que afecta directa ou indirectamente toda uma sociedade, que outrora pouco se ouvia e se falava dentro do nosso contexto social, não obstante nos dias que decorrem vem se registando casos de indivíduos que retiram a sua própria vida, com maior incidência nos adolescentes e jovens, basta acompanharmos atentamente os noticiários da mídia daremos conta que os números aumentam tendencialmente dia pós dia.

Portanto sendo este um fenómeno social que me preocupa procurei deforma subjectiva e apelativa abordar essa temática de tamanha utilidade social.

A Psicologia caracteriza o suicídio como qualquer caso de morte que resulte de acto premeditado, voluntário executado pela própria vítima. A Psicologia entende que tentativas e actos suicidas são gritos de ajuda ainda que inconscientemente, as pessoas choram por socorro ao emitir todos os sinais que preanunciam ideias de tirar a própria vida.

Ora bem, os meios rurais são portanto indicados segundo os estudos, como as zonas com maior propensão ao cometimento do suicídio consumado “bem-sucedido”, porém os meios urbanos vulgo cidades são as zonas com maiores tentativas de suicídio “tentativas frustradas”.

Como bem sabemos, as formas ou meios para a realização dos suicídios são variados, no nosso caso particular pelo que se tem constatado pela mídia, são mais frequentes os tóxicos medicamentosos, arma de fogo, enforcamento e segundo o que as famílias reportam as principais causas têm sido ciúme patológico, traição conjugal que em muitos casos culmina em homicídio e a posterior o suicídio, falta de auto-controlo, auto-domínio, auto-estima, fuga aos problemas sociais “divida financeira” que exerce uma pressão emocional, exclusão social “bullying”, pobreza extrema, distúrbios mentais “deficiências mentais”.

Os sinais e sintomas de alguém que pode recorrer ao suicídio:

  • Sentimento de desesperança, pessimismo, sentimento de inferioridade constante, auto estima baixa, sentimento de culpa;
  • Intoxicação por álcool ou outras drogas;
  • Preparação de testamento, cenas de despedida ou planeamento do velório;
  • Ansiedade, depressão, alcoolismo, quadro psicótico e estado de exaustão;
  • Lamentação recorrente a vida que leva;
  • Lamentação e preocupação frequente aos problemas no seio familiar e não só;
  • Sentimento de inutilidade, de impotência mediante aos problemas, de abandono familiar;
  • Manifestação de cansaço, de insatisfação pela vida quem tem.

Portanto são estes e outros sinais que os indivíduos“suicidas” vão manifestando comportamentalmente no intuito de obterem ajuda, essa ajuda que na maioria dos casos tarda em chegar…

Já não podemos por simplesmente “ignorar” negligenciar este fenómeno social grave, antes pelo contrário deve merecer toda atenção possível das forças vivas da sociedade o estado, a família, a igreja, a escola visando a sua redução e desestimularmos aqueles que pretenderem enveredar para tais práticas. 

Porém é preciso um conjunto de esforço dos especialistas dos fenómenos sociais concretamente os psicólogos, sociólogos e outros na activação de mecanismos preventivos que visam inibir, reduzir tais tendências suicidas, as instituições vocacionadas na moralização da sociedade destacando a família, a escola e a igreja a evidenciarem esforço nesse sentido, sensibilizando desse modo as pessoas sobre o valor da vida, sobre o respeito que têm que ter para com a sua própria vida e a dos outros, é preciso que as pessoas conheçam e respeitemos valores humanos estabelecidos pela própria natureza humana.

As pessoas devem aprender a olhar nos problemas sociais e familiares com optimismo, como solúveis, como uma barreira que será transposto, vencido e excluir absolutamente de uma vez por todas a ideia de que a solução passa em tirar a própria vida, isso nunca foi solução e nunca será, antes pelo contrário agrava ainda mais os problemas, portanto meu irmão, minha irmã tudo na vida têm sempre uma solução e tirar a própria vida nunca foi uma delas, acredita!

Entendo que já se faz tarde todavia nunca é tarde demais para nós os angolanos cultivarmos o hábito, a cultura de procurarmos pelos serviços do psicólogo, pecamos grandemente quando pensamos que quem vai ao psicólogo é “maluco”, conceito erradíssimo, os psicólogos não tratam os dementes, indivíduos com problemas mentais “malucos” como vulgarmente são chamados, quem o faz é o médico psiquiatra, não obstante é importante que as pessoas ganhem consciência das coisas.

A OMS define a saúde, como sendo bem-estar mental, físico e social, preocupemo-nos com a nossa saúde tendo em conta essas três dimensões, podemos ter a certeza que procedendo dessa forma estaríamos a evitar certos fenómenos sociais.

Texto: Osvaldo Pinga Sumbo Manuel

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