Bita Tanque e Progresso sem água potável
Homens, mulheres, idosos, jovens e crianças carregando bidões e banheiras, é o cenário que se vive todos dias nos bairros Bita Tanque e Bita Progresso, no município de Viana.

Desde que foi habitado, esta zona de Luanda, nunca teve água potável, situação que tem preocupado os moradores que são obrigados a percorrer longas distâncias para ter o precioso líquido em casa. 

Os moradores destes bairros, percorrem diariamente mais de 5 quilómetros para obter o precioso líquido, já outros recorrem aos kupapatas que chegam a comercializar a água ao preço de 150 kz por cada bidon. Já os moradores que têm nas suas residências tanques e possibilidades financeiras para abastece-los por meio de camiões cisternas que cobram de 15 à 20 mil kz, chegam a comercializar por cada bidon 100 kz e a banheira 150 kz.   

As famílias que não têm possibilidades financeiras para comprar água a estes preços exorbitantes, recorrem as condutas de água, por sinal imprópria para o consumo, como é o caso da dona Maria António, sabendo do eminente perigo a saúde que o consumo desta água constitui, afirma que, é a única solução para poder suprir as necessidades vitais.

Vamos fazer mais como pai? Como já fomos esquecidos e somos pobres, a solução é beber esta água das condutas, para não morrermos à fome ou de sede, até que já andamos todos doentes", Desabafou.

A semelhança da dona Maria, Domingos de Carvalho, protecção física de profissão e morador do bairro Bita Tanque, confessa que tem consumido a água das condutas por não ter possibilidades de adquirir o precioso líquido ao preço comercializado na zona.

Há dois (2) anos a viver no bairro Bita Progresso, Deolinda Kabusso, revela que semanalmente gasta mais de 5 mil kz só na compra de água, e atendendo a situação que o país vive, está cada vez mais difícil equilibrar as coisas visto que tem de pagar as propinas dos cinco (5) filhos e comprar alimento. 

Outros moradores ainda, deslocam-se à outros bairros vizinhos, a fim de adquirir o precioso líquido a um preço razoável.

Em declarações ao nosso portal, os moradores apelaram as entidades governamentais que tenham misericórdia em acudir esta aflição que carregam há anos.

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