Segundo conta o Novo Jornal, a UNITA coloca reservas ao número total de eleitores registados, pouco mais de 9, 7 milhões, afirmando que há áreas do país que não foram alvo das brigadas de registo eleitoral e ainda porque não levou em conta os dados do censo de 2014.
Por este motivo, a UNITA entende que os dados apurados podem estar "viciados" pela forma como os registos foram realizados e pede que seja confirmado de forma clara que os dados contidos no ficheiro informático central do registo (FICRE) foram transferidos na totalidade na base de dados dos cidadãos adultos e no ficheiro dos cidadãos igualmente maiores de idade, o BDCM e o FICM, respectivamente.
"Nenhum governante em fim de mandato tem legitimidade para criar obstáculos à verificação da integridade, lisura e transparência do Ficheiro Informático dos Cidadãos Maiores, que será utilizado para a elaboração dos cadernos eleitorais", aponta.
Num tom de desconfiança sobre o registo eleitoral, o comité permanente da UNITA escreve ainda que "os resultados do registo presencial ora anunciados revelam também que, dos cerca de 10 milhões de eleitores existentes em 2012, apenas 5 milhões terão feito prova de vida na campanha que ora findou, o que significa dizer que cerca de metade dos angolanos já registados e cujo registo tem validade vitalícia nos termos do artigo 10.º da Lei n.º 8/15, poderão ser presumidos mortos e impedidos de votar".
Acrescentando ainda que "à luz do que estabelece a lei (...) o MAT deve publicar e documentar o número e a identidade dos falecidos e o número e a identidade dos que não fizeram prova de vida em 2017. Estes dados precisam de ser validados por uma entidade independente".
Fonte: Novo Jornal