PUBLICIDADE
Uma denúncia assinada por Isabel Cândido Luís Ambriz Matias, filha do malogrado, refere que deixaram de receber a pensão do pai, supostamente porque alguém está a fazer-se passar pelo seu pai.
Ainda assim, diligências feitas na Polícia Nacional caíram em saco roto e não fizeram com que os filhos pudessem voltar a receber o que tinham por direito. Aliás, o tempo de trabalho do antigo intendente, natural de Icolo e Bengo, que iniciou a sua carreira militar em 1975, na ex-FAPLAs e posteriormente passou para a Polícia Nacional em 1992, durante a transição das ex-FAPLAs para as FAA, tendo nessa altura sido colocado no Posto de Comando em Luanda garantem esse direito à família.
Entretanto, para Isabel Matias, não sabe como é que mesmo com o ‘pente fino’ feito nas instituições públicas, inclusive com a tiragem de impressão digital, foi possível o ‘fantasma’ que se faz passar pelo seu pai não foi detectado.
Para ela existe apenas uma razão: “Alguém de lá dentro também está no esquema e estão a comer junto esse dinheiro”, denunciou.
A sua suspeita foi maior ainda quando numa altura foi interpelada por agentes da Polícia Nacional que depois de lhes ter entregue a documentação, ao notarem que tinha o sobrenome do malogrado comandante ‘Sacanhosso’ ficou a saber que o seu suposto pai é uma boa pessoa e que ainda esteve com tais agentes recentemente.
“Quando na verdade ele já é falecido. Não entendi nada. Ali tive a certeza da desconfiança que já vinha me martelando a cabeça a anos”, garantiu, para depois referir que, por via disso, resolveu recorrer à imprensa para denunciar o caso no sentido de se alertar as autoridades da corporação a efectuarem um trabalho aturado de investigação.
“Porque tenho a plena certeza que se o ‘fantasma’ que se faz passar pelo meu pai ainda não foi apanhado, como ele, terão outros na mesma condição a receber o que, por direito, é dos filhos e da sociedade”, sustentou.
Fonte: Na Mira do Crime