PR João Lourenço foi informado por JES sobre os 500 milhões de dólares
O presidente da República João Lourenço, recebeu toda a informação necessária e útil sobre a operação relacionada com a criação do fundo de 30 mil milhões de euros, revela o advogado do ex-governador do BNA.

P U B L I C I D A D E

P U B L I C I D A D E

Segundo o advogado Sérgio Raimundo, José Eduardo dos Santos, no momento da passagem das pastas e atendendo à grave situação económica que o país vivia, “transmitiu ao seu substituto”, toda a informação necessária e útil sobre a operação, na contestação apresentada aos juízes da câmara de crimes comuns do Tribunal Supremo.

João Lourenço, na época candidato a Presidente da República, só não participou na audiência que José Eduardo dos Santos concedeu aos promotores do aludido fundo, na Cidade Alta, a 17 de Setembro de 2017, muito antes de se efectuar a transferência, por imperativo da agenda da campanha eleitoral, de acordo com o advogado Sérgio Raimundo.

A reunião foi realizada a pedido dos proponentes da criação do Fundo de Investimento Estratégico, atendendo ao momento de transição política, ao que José Eduardo dos Santos atendeu com o intuito de os confortar politicamente.

Participaram nela os empresários Jorge Gaudens Pontes Sebastião (pela Mais Financial Service, S.A), Hugo Onderwater (pela Resource Conversion), Samuel Barbosa da Cunha (dono da Bar Trading, em representação da Perfectbit), um representante do banco HSBC (instituição que havia de liderar o sindicato bancário), um assessor do ministro das Finanças do Japão e José Filomeno de Sousa dos Santos “Zenu” (então PCA do Fundo Soberano).

Em representação do Executivo que viria a ser constituído depois das eleições, estava Manuel Nunes Júnior, apresentado como membro do futuro Governo que haveria de implementar os projectos públicos (actual ministro de Estado do Desenvolvimento Económico), que na data dos factos, coordenava a equipa que elaborou o Programa Económico de Governo do MPLA de 2017 a 2022.

O antigo ministro das Finanças, Archer Mangueira, também esteve presente e foi apresentado como o político que continuaria no cargo. O mesmo aconteceu com então governador do BNA, Válter Filipe, que tinha um mandato de cinco anos à frente da instituição.

Fonte: Angola 24 Horas

REAÇÕES

8
   
2
   
0
   
3
   
7
   
3
   
3
   
0