Polícia liberta 67 pessoas torturadas no centro islâmico da Nigéria
A polícia da Nigéria, libertou nesta terça-feira cerca de 67 pessoas, entre adultos e crianças, vítimas de tortura, fome e violações sexuais, semanas depois da libertação de outras 400 pessoas, num centro supostamente de ensino islâmico, facto que obrigou o presidente a ordenar o encerramento destes centros.

Segundo fonte da Angola-Online, os homens e crianças do sexo masculino, foram libertados durante uma operação no centro, situado no norte do país, facto classificado como “desumano”, porque as vítimas mantidas em cativeiro, eram torturadas, espancadas, abusadas sexualmente e passavam fome.

"O Presidente da Nigéria ordenou que a polícia encerrasse todos esses centros e que todos os presos fossem entregues aos pais", disse um porta-voz de Muhammadu Buhari. "O Governo não pode permitir centros onde pessoas, homens e mulheres, são maltratados em nome da religião", acrescentou.

Alguns dos alunos libertados nesta terça-feira, foram transportados para o hospital para receber tratamento médico, revelou o superintendente da polícia Isah Gambo, à Reuters, avançando que dias antes da operação, cerca de 300 pessoas conseguiram fugir, e destes, mais de 200 ainda estão desaparecidos.

Um dos alunos que esteve em cativeiro nesta instituição que aos pais era tida como um centro islâmico de reabilitação, que ensinava o Alcorão aos alunos com problemas comportamentais, explicou à Reuters que os instrutores "espancaram, violaram e mataram alguns dos homens e meninos mantidos presos”. 

Esta é a segunda operação da polícia, em menos de um mês, a supostas escolas islâmicas, sendo que no final de Setembro, foram resgatados 400 homens e crianças de uma suposta escola islâmica na cidade de Kaduna, no norte da Nigéria.

Fonte: SIC Notícias

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