PGR acusado de corrupção e ameaças de morte contra empresário
O Procurador-geral da República, Hélder Pitta Grós, está a ser acusado de envolvimento em casos de corrupção e ameaças de morte, contra um empresário angolano, para proteger um coronel da UGP, que terá alegadamente contraído uma dívida do referido empresário.

PUBLICIDADE

PUBLICIDADE

Francisco Yoba Capita, proprietário da ‘Delta Bravo’, empresa de segurança, especializada em escolta de valores monetários, protecção individual e estabelecimentos comerciais, denunciou, o envolvimento por alegados interesses financeiros, o Procurador-Geral da República, Hélder Pitta Grós e Beato Manuel Paulo, PGR-adjunto junto da câmara criminal do Tribunal Supremo.

Em causa está uma dívida de 400 milhões de kwanzas, contraída pelo coronel José Tchawana, financeiro da Unidade de Guarda Presidencial (UGP), ao empresário que denuncia as negociações ilegais e “falsos processos” criados para inverter o caso, assim como diz ter sido alvo de ameaças de morte por parte de altas figuras da PGR.

O empresário Francisco Capita afirmou também que, Beato Paulo tentou, por via do Procurador-Geral junto do SIC, José Matamba Armando e António Binza Kilobo, introduzir droga na sua residência para o incriminar de tráfico.

Por causa da pressão que fui fazendo, ele achou por bem “comprar” protecção jurídica ao procurador Beato, como é de hábito. Não havia entendimento entre mim e o coronel Tchawana, por isso o alertei que iria recorrer à Justiça, concretamente na Polícia Judiciária, por se tratar de um militar. Entretanto, de alguma forma ele se terá apercebido que a minha esposa é magistrada, daí a razão dele ter accionado a relação que tem com o procurador Beato, e juntos arquitectarem o plano.

Aliás, o procurador terá dito ao coronel que «não precisa preocupar-se porque eu sou o chefe da mulher dele, ela está debaixo da minha alçada. Eu controlo e comando as coisas, aqui eu sou o chefe, vamos contornar a situação», e lá houve as negociatas ao nível deles.

De que forma o procurador Hélder Pitta Grós aparece neste processo?

Foi quando o doutor Beato tentou assediar a minha esposa. O cargo que ele hoje ocupa não foi atribuído por capacidade, foi por conveniência.

Depois de ter recebido os 50 milhões do coronel, ele prometeu infernizar a nossa vida. Para me atingir, ele tinha de ter a minha esposa sob custódia. No dia 06 de Agosto de 2018, convocou a minha esposa para um encontro no hotel Victória Garden, e ela refutou porque, na qualidade de magistrada e esposa de alguém, não podia ser chamada para aquele lugar, ainda mais com a recomendação de ir sozinha.

Eu questionei-lhe sobre o seu comportamento, pois obrigou que a minha esposa fosse ao seu encontro, mesmo avisando que não estava em bom estado de saúde, e depois diz que é algo banal!? Ele ficou envergonhado e limitou-se a desculpar-se. Que ele venha para me desmentir, estavam lá os nossos funcionários e a doutora Ana Maria, a mãe dos filhos do doutor Pitta Grós.

Fonte: NMC

REAÇÕES

2
   
2
   
0
   
1
   
2
   
0
   
4
   
1