P U B L I C I D A D E
Preynat, agora com 74 anos, afirmou que chegou a abusar de quatro ou cinco crianças por semana. O antigo clérigo justificou-se afirmando que não acreditava que se tratavam de crimes sexuais, mas de carícias e afectos.
Caso seja condenado, Bernard Preynat pode incorrer numa pena de 10 anos de prisão e numa multa de 150 mil euros.
“Estou atordoado com o que acabei de ouvir e arrependo-me disso”. Foi com estas palavras que o Padre Preynat reagiu ao testemunho de François Devaux, porta-voz da associação “La parole libérée”, por quem tudo começou, há quatro anos.
Despadrado, no Verão passado, por um tribunal eclesiástico, Bernard Preynat nunca negou os factos e admitiu, mais uma vez, a sua culpa.
No entanto, observou que na altura não se apercebeu do significado das suas acções, que marcaram para sempre a vida das vítimas e das suas famílias, como recordou François Devaux, antes de acrescentar que a sua responsabilidade, hoje, era a de que isto nunca mais voltasse a acontecer. É isto que está em jogo neste julgamento para toda a Igreja Católica, que não deixou de ser manchada por escândalos de abuso sexual em todo o mundo.
De lembra que casos como este fazem hoje a imagem da igreja católica nos últimos anos, e que apesar das denúncias, muitos dos padres continuam a exercer seus cargos, e com protecção da igreja, o que tem deixado indignado muitos fieis e não só.