Sem precisar como se efectivará tal apoio, considerou a corrupção um cancro mortal que invade entidades, sociedades e anula as potencialidades para o desenvolvimento de um país e da sua população.
Ressaltou que a corrupção é um desafio complexo que persiste em muitos países do mundo.
Fez saber que o tamanho de recursos ilícitos no mundo, a cada ano, é de aproximadamente 2,5 triliões de dólares americanos, dos quais 1,5 triliões em suborno é um trilião por perda de capitais dos países em vias de desenvolvimento.
O representante da ONU em Angola falava sobre a experiência internacional no combate à corrupção e ao branqueamento de capitais, no acto de abertura da campanha de moralização da sociedade sob a égide do MPLA (partido no poder).
Segundo Paolo Baladeli, estima-se que o fluxo de capitais ilícitos é dez vezes mais alto que o montante actual para ajuda dos países em desenvolvimento no mundo.
“Se somarmos essas perdas até ao ano de 2030, o total obtido é muito superior aos dez triliões necessários para erradicar a pobreza no mundo”, observou o diplomata.
Para ele, a corrupção rouba recursos vitais às escolas, aos hospitais, à protecção, priva os cidadãos dos seus direitos e anula oportunidades de investimentos estrangeiros.
Afecta, igualmente, a justiça “porque os oficiais públicos ficam também envolvidos em processos perversos e fecham os olhos para a solução dos problemas que obstaculizam o desenvolvimento sustentável da população”.
Fonte: Angop