Odebrecht demite um dos pivôs da Lava-Jato
O actual presidente da Odebrecht, Ruy Sampaio, demitiu o ex-manda-chuva da empresa Marcelo Odebrecht, por uma determinação do pai de Marcelo, Emílio Odebrecht.

PUBLICIDADE

PUBLICIDADE

Na Bahia, Emílio, que preside a Kieppe, holding que comanda a Odebrecht, mandou um advogado avisar o filho na sua residência, em São Paulo, demitindo Marcelo por justa causa, após a divulgação de e-mails, em que acusa o pai de ser o responsável pela bancarrota da empresa, que levou a companhia a entrar com o pedido de recuperação judicial.

Com a demissão, Marcelo segue como accionista minoritário da Odebrecht S.A., com 2,79% da empresa, mas perde benesses como o salário de 115 mil reais (28.500 U$), motorista, segurança, assessor de imprensa, secretária e advogados, todos pagos pela empresa. Sampaio enviou um comunicado para os clientes do Grupo Odebrecht. 

Emílio pôs fim às visitas: na última segunda-feira, 16, Marcelo Odebrecht foi barrado na portaria da companhia, quando foi à empresa tentar reverter a demissão de Zaccaria Júnior, assessor ligado a ele.

A demissão foi uma ordem de Emílio, que determinou que todos os funcionários ligados ao filho sejam desligados da companhia. Na segunda-feira 16, Emílio determinou a troca de Luciano Guidolin, então presidente da Odebrecht, no comando da empresa, pela influência que Marcelo exercia sobre Guidolin.

Marcelo e Emílio nunca se deram bem e a agressividade, porém, ficou mais clara desde a morte do pai de Emílio, Norberto Odebrecht, e a prisão de Marcelo no âmbito da Operação Lava-Jato, em 2015, quando Emílio foi obrigado a reassumir a companhia.

Fonte: Angola 24 Horas

REAÇÕES

0
   
0
   
0
   
0
   
0
   
0
   
0
   
0