Sem avançar pormenores, uma fonte do Ministério das Pescas, que pediu para não ser identificada, disse que a superação dos problemas encontrados no navio vão, "provavelmente", exigir o seu regresso aos estaleiros da empresa holandesa "Damen" na Roménia.
Outra hipótese em cima da mesa, de acordo com a fonte, é a vinda de técnicos da "Damen" a Angola para, localmente, encontrarem uma solução para o problema, mas sem nunca excluir a hipótese do retorno da embarcação à Roménia, se o grau de dificuldades a isso exigir.
Sobre o assunto, o director do Gabinete de Comunicação Institucional e Imprensa do Ministério das Pescas, Celestino Gonçalves, remeteu para os próximos dias o pronunciamento da instituição.
"Há um técnico a trabalhar no assunto e a ministra promete falar nos próximos dias", disse Celestino Gonçalves, ante a insistência do Jornal de Angola em obter informações detalhadas sobre a real situação do navio.
Baptizado por “Baía Farta”, em homenagem a uma das principais áreas piscatórias do país, localizada na província de Benguela, o navio, cujo processo de construção data de 2016, chegou a Angola a 12 de Dezembro do ano passado, tendo sido apresentado à imprensa, dias depois.
É a primeira embarcação do género adquirida por Angola. À véspera da sua chegada, a então ministra das Pescas e do Mar, Victória de Barros Neto, afirmou tratar-se de um navio " com grandes valências na investigação científica".
Com 74 metros de comprimento o navio Baía Farta dispõe de uma sala acústica, quatro laboratórios, um ginásio, camarotes duplos, cozinha, área de serviço com 15 monitores de comando e três computadores para o comando do ecosonda (aparelho electrónico utilizado geralmente na navegação naval para medir a distância entre a superfície da água e o fundo marinho), cada um dos quais desenvolve trabalhos diferentes.
Fonte: Jornal de Angola