Mulheres vão marchar este sábado contra a criminalização do aborto
Um grupo de mulheres angolanas está a organizar uma marcha de protesto contra a criminalização em absoluto do aborto no novo Código Penal de Angola, que vai à votação final dia 23 deste mês, na Assembleia Nacional.
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Segundo a nota divulgada pelas manifestantes citada pela Lusa, a manifestação tem como lema, "Chega de Mulheres Mortas por Abortos Clandestinos", e está agendada para este sábado, às 10 horas. A marcha também será "em homenagem às várias mulheres que morrem por conta de abortos clandestinos", por isso partirá do cemitério da Santa Ana, até ao largo das Heroínas.

"Nós mulheres, deparamo-nos com uma lei que põe em causa os direitos e a vida das mulheres e meninas de Angola. É sem dúvida para nós um retrocesso a aprovação desta lei e não concordamos com a penalização do aborto", consideram as promotoras, justificando "a criminalização do aborto é violência contra as mulheres, pois os direitos sexuais e reprodutivos não são assegurados".

O líder da bancada parlamentar do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), Virgílio de Fontes Pereira, pediu, segunda-feira, calma às pessoas na abordagem da questão sobre o aborto, sublinhando que "esta é uma matéria que pode ser retomada noutros termos.

"É só uma questão de esclarecimento às pessoas para não haver tanta celeuma como estou a ouvir dizer que existe. Não é um assunto que está encerrado, não é um assunto que não vá merecer atenção do legislador, do Estado, vamos continuar a tratar dessa matéria, só que não na modalidade da sua consagração no Código Penal", referiu.

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