Militares que arquitectavam golpe de Estado vão ser julgados
O Julgamento será dirigido pelo juiz, João Eduardo Agostinho.

Um grupo de pelo menos 37 elementos constituído por ex-militares das FALA, antiga força militar da UNITA, que foram detidos por tentarem no passado dia 30 de Janeiro do ano em curso, um assalto ao palácio presidencial para tirar José Eduardo dos Santos, do poder, vão começar a ser julgados na sexta-feira, 2, na 5ª sessão dos crimes comuns do Tribunal Provincial de Luanda, no palácio Dona Ana Joaquina. 

O grupo composto por 60 desmobilizados, foi chefiado por Raimundo Chiquete, Paulo Cabalamba e Celestino Leonardo, posicionou-se em vários pontos estratégicos da capital, e tencionavam invadir o Palácio Presidencial, ocupar a Televisão Pública de Angola (TPA) e a rádio nacional de Angola (RNA), enquanto o Presidente da República discursava sobre o Estado da Nação, na abertura do ano parlamentar passado, o que motivou a ‘’indisponibilidade momentânea’’ de José Eduardo dos Santos, sendo substituído pelo Vice-presidente da República Manuel Domingos Vicente.

Enquanto decorria as investigações, o assunto foi mantido em sigilo, para evitar preocupações e especulações no seio da sociedade.

Os implicados estão ser acusados por três crimes nomeadamente: Associação de malfeitores, atentado contra ao Presidente de República de forma frustrada e posse ilegal de arma de fogo. Os mesmos são oriundos das províncias do Huambo, Benguela, Huila e Bengo.

Em conferência de imprensa, o secretario para os Assuntos Eleitorais da UNITA, Vitorino Nhany, fez saber que a 14 de Outubro de 2015, o líder da UNITA enviou uma carta ao Presidente da República, alertando que um grupo de indivíduos pretendia levar a cabo um golpe de Estado. Vitorino Nhany disse ainda que, a tentativa de golpe de Estado não tem nenhuma ligação com a UNITA, e que o seu partido defende a paz e a unidade nacional.

OPaís

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