Mais de 30 crianças de várias províncias encontradas num estaleiro de chineses
As crianças de várias idades, vindas de algumas províncias do país, à procura de melhores condições de vida, foram encontradas num estaleiro de construção civil, afecto a uma empresa chinesa, que serviu de suporte às obras de construção da Centralidade do Sequele,em Luanda.

De acordo com a fonte da Angola-Online.net, os menores vivem em naves sem qualquer condição de habitabilidade, num cenário bastante desolador, com camiões avariados e queimados a completarem o cenário do local.

Fruto de uma denúncia feita ao administrador municipal de Cacuaco, Auxílio Jacob, sobre a situação das famílias naquele local, fixadas na condição de trabalhadores da empresa Chinesa CTC, a entidade administrativa efectuou uma visita surpresa ao local, com o objectivo de constatar a veracidade dos factos.

O ambiente no local deixa qualquer um incrédulo, no que diz respeito à acomodação dos que lá vivem, numa mistura de crianças de tenra idade, adolescentes, jovens e adultos que disputam um lugar para o descanso dentro das naves.

Soube-se que alguns dos adultos são provenientes do interior do país, recrutados para trabalhar na agricultura, em pequenos campos de cultivo, mas chegados na região passaram a exercer qualquer tipo de actividade, com destaque para o garimpo de inertes.

Alguns intervenientes manifestaram-se insatisfeitos pelo tratamento que lhes é dado pelos expatriados chineses e, ao mesmo tempo, pedem o apoio das autoridades para inverter o quadro.

Confrontado com a situação no local, o administrador municipal de Cacuaco, Auxílio Jacob, bastante insatisfeito, admitiu a hipótese de existência de tráfico de crianças, tendo prometido propor a criação de uma comissão multidisciplinar, no sentido de se encontrar uma solução para a problemática que se vive naquele estaleiro.

“Os chineses confirmaram que os estaleiros estavam fechados e não sabiam que havia pessoas a residir, com um número elevado de crianças, em contentores sem condições de habitabilidade e com crianças desnutridas”, destacou o administrador.

Fonte: JAOnline

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