A TPA passou no seu telejornal das 20 horas, nesta quarta-feira, uma matéria com o título “Paz Social” que consistiu em um conjunto de entrevistas à religiosos, actores e membros da sociedade civil sobre suas opiniões em relação aos protestos agendados para a próxima sexta-feira, 11, denominados “Manifestação Nacional - Não saio de casa”, organizados por um grupo de jovens artistas angolanos.
“Em um acto visível de VENDA de uma determinada linha de pensamento, curiosamente, ou não, todos os intervenientes da reportagem da TPA partilhavam da mesma ideia: discordar com as linhas de actuação da manifestação anunciada e exaltar aquilo a que chamam de “paz e tranquilidade social”, avançou Israel.
O que acabamos de ver na TPA, continuou, televisão que devia ser de todos nós, foi um claro serviço nojento de promoção de uma agenda e salvaguarda de interesses alheios, que pode ser chamado de tudo e qualquer coisa menos de jornalismo. É vergonhoso, a todos os níveis, termos de continuar a consumir um serviço de tão péssima qualidade mesmo em tempos ditos de “novos paradigmas”.
Redacção / FB Israel Campos“Em um exercício que consumiu mais de 4 minutos de tempo de antena, a TPA, através da sua reportagem, reafirmou, claramente, que continua ao serviço dos interesses das instituições do estado, e nunca, jamais, ao serviço da imparcialidade, do interesse público e dos angolanos”, referiu.