José Eduardo dos Santos optou a companhia portuguesa TAP, em detrimento da própria companhia de bandeira TAAG na sua deslocação à Europa.
Em nota divulgada ontem, a Casa Civil do Presidente da República considera surpreendente a decisão de José Eduardo dos Santos se fazer transportar em aeronave comercial estrangeira.
De acordo com o documento, a decisão do ex-Presidente da República contraria diligências protocolares e logísticas desencadeadas pelo Estado angolano nas últimas semanas, que pôs à disposição uma aeronave compatível com o seu estatuto.
“Tão logo o Executivo soube da intenção, por parte do ex-Presidente da República, de rejeitar a utilização do meio aéreo contratualizado, foram accionados todos os canais de diálogo e persuasão em ordem a prevalecer as normas e os princípios de protocolo atendíveis, sem que, contudo, tais esforços desembocassem numa solução para o impasse, nem mesmo depois de hoje (ontem), pelas 17 horas, o Presidente da República, João Lourenço, se ter deslocado e falado com o ex-Presidente na residência deste, ao Miramar”, esclarece a Casa Civil.
Entretanto e respeitando em rigor o normativo que define os direitos e regalias dos antigos Presidentes da República, o Executivo, segundo ainda a nota, assegurou todos os aspectos logísticos e financeiros relacionados com a atenção médica a que se submeterá o ex-Presidente José Eduardo dos Santos em Espanha.
Crédito de Jornal de Angola“O Executivo lamenta profundamente tal atitude, cujas consequências não são da sua responsabilidade”, conclui a Casa Civil do Presidente da República.