Durante a entrevista, o jornalista e activista político alegou João Lourenço “não durará muito” no poder porque o seu antecessor, José Eduardo dos Santos, “quer destituí-lo”, e sublinha que o discurso que fez na tomada de posse não agradou aos apoiantes do ex-presidente.
Para Rafael Marques, o presidente do MPLA, José Eduardo dos Santos, fez ataques específicos, “sobre o monopólio do cimento — há fábricas de cimento maiores do que as de Isabel, mas precisam de combustível para funcionar e ela cortou-lhes o abastecimento para as levar à falência”.
O jornalista e activista político explicou que a decisão de abandonar o cargo de presidente da Republica e deliberação dos presos políticos, José Eduardo dos Santos, a determinada altura, percebeu que estava isolado dentro do partido e que alguns tipos do MPLA passavam a vida a conspirar contra ele.
Rafael Marques acrescenta que o poder financeiro ainda continua sendo controlado por José Eduardo dos Santos, pelo facto de os principais assessores e alguns ministros estarem do seu lado. “João Lourenço tem de tomar uma medida radical, que coloque em xeque o poder do José Eduardo”.
Para finalizar, Marques aponta o maior teste que poderia evidenciar que João Lourenço detém o poder, é a demissão de Isabel dos Santos e bem como a de José Filomeno dos Santos, a frente do Fundo Soberano.
Fonte: Jornal Expresso | Texto: Igor Silva