Os profissionais da Rádio Benguela, TV ZIMBO, jornal O PAÍS, TPA e Voz da América, impedidos nesta cobertura, consideraram uma violação dos seus direitos, pelo facto de, em outras audiências, ter sido permitida a cobertura da imprensa e nesta, curiosamente, se tirar o direito de informar.
Depois de longas horas à espera, os agentes de protecção física transmitiram aos jornalistas a ordem de um suposto “comandante do tribunal” de que estes não deviam cobrir a sessão de julgamento e, para que tal ocorresse, deviam solicitar, por escrito, ao juiz da causa, conhecido apenas por Doutor Santana.
Insatisfeitos, dirigiram-se à segunda secção do Tribunal na esperança de obter informação para lavrar o referido documento, mas sem sucesso. “Não podemos fazer nada, porque o julgamento já decorre”, justificaram funcionários do Tribunal.
Entretanto, dois funcionários da Procuradoria-Geral da República lamentaram o incidente ocorrido com os profissionais, a julgar pela publicidade que caracteriza legalmente uma sessão de julgamento. “Mas é público”, lamenta uma funcionária do órgão do Ministério Público, instituição encarregue pela promoção da acção penal.
João Marcos, correspondente da Voz da América, suspeita haver tentativa de ofuscar o caso, por estarem envolvidos funcionários daquele órgão jurisdicional.
Fonte: Angola 24 Horas