Isabel nega acusação
A empresária angolana diz ser alvo de uma caça às bruxas e garante ser falsa a informação, de que tenha ordenado a transferência de 38 milhões de dólares, após ter sido exonerada da SONANGOL.

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Isabel dos Santos, a mulher mais rica da África e filha do ex-presidente angolano José Eduardo dos Santos, disse que não fez nada de errado quando era presidente da empresa estatal de petróleo Sonangol e chamou a investigação sobre a transferência de milhões de dólares “vingança política”.

O  Novo Jornal informou no dia 18 de Outubro, que a PGR iniciou uma investigação criminal sobre a transferência de 38 milhões de dólares da Sonangol autorizada por Isabel. Seu sucessor na Sonangol, Carlos Saturnino, acusou dos Santos no ano passado de autorizar a transferência para uma empresa no Dubai dias depois que ela foi demitida como presidente. Saturnino foi demitido em Maio.

“Dizer que houve uma ordem de transferência depois da minha demissão é simplesmente falsa”, disse Santos em comunicado enviado por e-mail na Segunda-feira. “A luta contra a corrupção não pode ser usada para alimentar uma agenda de perseguição ou caça às bruxas.”

Dos Santos disse que a transferência de fundos era legal e foi feita enquanto ela ainda estava em seu cargo na Sonangol em 15 de Novembro de 2017, no dia em que foi demitida e antes de um novo conselho ser nomeado no dia seguinte. Ela disse que as instruções de pagamento foram dadas um ou dois dias antes de sua demissão.

Se as autoridades angolanas são sérias sobre o combate à corrupção, devem investigar por que a Sonangol tinha dívidas de cerca de 20 bilhões de dólares no final de 2015, antes de sua nomeação, e como esse dinheiro foi “usado e perdido”, disse Isabel Dos Santos, 46 anos.

Dos Santos foi demitida como chefe da Sonangol em meio a uma repressão à corrupção levada a cabo por João Lourenço, que substituiu seu pai como presidente de Angola em 2017. A Sonangol, há muito o principal motor da economia focada em petróleo de Angola, esteve no centro da campanha anti-corrupção de João Lourenço.

Bloomberg

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