Isabel dos Santos altera entrevista nas redes sociais
A empresária angolana deu uma entrevista ao Observador na semana passada. Este Domingo, nas redes sociais, publicou uma versão alterada, com destaque e fotos diferentes e sem algumas perguntas.

Isabel dos Santos publicou nas suas redes sociais, uma versão alterada da entrevista que deu na semana passada ao Observador. A empresária angolana anunciou este Domingo no Twitter que seria possível ler “a primeira parte” da entrevista no seu Facebook — um conteúdo premium do Observador, que só pode ser lido por assinantes do jornal. Naquela outra rede social, publicou 14 imagens com a entrevista paginada como se de um jornal se tratasse.

Aquela não é, porém, a entrevista feita e publicada pelo Observador. A nova versão — entretanto retirada — tem pequenas alterações nos subtítulos, mas grandes mudanças nos destaques escolhidos e algumas perguntas em falta. Aqui foram postas em destaque as declarações que Isabel dos Santos considerará mais relevantes de tudo o que disse na entrevista que durou duas horas e meia — muito diferentes dos destaques que, segundo critérios jornalísticos e editoriais, o Observador tinha escolhido.

Além disso, faltam algumas perguntas e respostas, que estariam dentro da primeira parte da entrevista, escolhida para esta versão — as que dizem respeito à proveniência do dinheiro do general Leopoldino Fragoso Nascimento, mais conhecido como general Dino, para deter 25% da UNITEL.

A nova versão tem também caixas para temas específicos a que o Observador não deu qualquer destaque. A equipa da empresária escolheu também outras fotografias para acompanhar o texto.

Ao final da tarde, a publicação de Isabel dos Santos já tinha sido partilhada dezenas de vezes. Depois de um contacto do Observador, por causa das alterações feitas, o post foi retirado.

Na entrevista feita pelo Observador na Quinta-feira passada, Isabel dos Santos nega ter sido favorecida pelo pai, fala sobre os negócios em Portugal e Angola e das alegadas irregularidades no BIC, critica a política actual do MPLA e revela que não vai a Angola há um ano e meio, por sentir que “não é um lugar seguro”.


Observador

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