Segundo a DW África, o desalojamento acontecerá entre os municípios de Curoca e Ombandja, onde um grupo empresarial que tem boas relações com o governo angolano quer dedicar-se à produção de carne, leite, rações e cereais, numa área de mais de 85 mil hectares.
"Eles são originários dali e o projecto ignorou todos os procedimentos legais. Os seus representantes legais tentaram ocupar a área no início de 2016, sem avisar as populações’’, garantiu.
O sacerdote garante de igual modo que cerca de dezanove famílias foram obrigadas a deixar as suas casas e perderam os seus terrenos de cultivo. "Têm problemas de cuidar do seu gado e mais outras estão ameaçadas. E ainda não sabemos como vai ficar o projecto porque as outras comunidades ameaçam recorrer à violência para defender os seus terrenos", garantiu.
“Se for para a frente, o projecto vai engolir todo o município de Curoca e parte de Ombandja, e mais de cinco grupos étnicos do Kunene, alguns deles minoritários, com uma riqueza histórica incrível, que também correm o risco de desaparecer”, alertou.
O sacerdote Pio Wacussanga, assegurou que as populações desalojadas ainda não receberam nenhuma indemnização.
Fonte: DW África