“O grande problema que aqui em Angola nós vivemos é o medo que se insufla todos os dias na sociedade civil”, afirmou Marcolino Moco, acrescentando ainda “os governantes governam para uma minoria e depois criam na cabeça do cidadão um medo para não se tocar em determinados assuntos”.
Marcolino Moco garantiu que estes direitos e garantias estão fixados na Constituição da República, mas na prática apenas favorece quem está no poder.
“O artigo 47 (da Constituição sobre reunião e manifestações) tão claro que as pessoas têm direito à manifestação, serve de alguma coisa? De nada, zero, não serve para nada”, lamentou.
Por seu turno, Luís Nascimento, garante que o governo angolano resolve os problemas a via da força, porque no tocante a resolução jurídica, não surtido efeito.
“Quer dizer quando não há resolução nem sequer jurídica, a única via que depois pode existir é a via da força. Os governos têm muito receio de ficarem perante esta situação, os seus cidadãos não verem outra solução para resolver os seus problemas senão a luta armada, por exemplo”, apontou.
Já Luaty Beirão, um dos 17 jovens activistas condenados em 2016, garante “ajudar onde houver necessidades mais gritantes e urgentes”, de problemas que afectam a sociedade, coadjuvando outras associações já existentes.