Direito a imunidade dificulta investigação de Manuel Vicente
Em entrevista à Lusa, Hélder Pitta Grós comentou o processo de corrupção que envolve Manuel Vicente e que foi enviado pela justiça portuguesa para Luanda, ao abrigo do acordo de cooperação judiciária entre os dois países.

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O procurador-geral da República de Angola Hélder Pitta Grós admitiu hoje que a investigação criminal ao ex-vice-presidente Manuel Vicente não avança enquanto o suspeito tiver direito a imunidade, cinco anos após o fim do seu mandato.

"Tanto o ex-vice-presidente como o ex-Presidente estão protegidos por uma lei que concede cinco anos em que não poderão responder pelos actos praticados e, portanto, vamos esperar que os cinco anos decorram para daí podermos tirar ilações se a justiça [angolana] está, ou não, a mando do senhor Manuel Vicente e em que termos", disse Hélder Pitta Grós.

O procurador-geral reagiu, assim, às acusações de que Luanda está a actuar apenas contra a filha de José Eduardo dos Santos, e, após os cinco anos, acrescentou, "tudo é possível".

Mas até lá "as investigações podem decorrer normalmente e serem extraídas cópias de tudo o que tiver a ser feito para que não atrapalhe ou crie obstáculos ao funcionamento normal da investigação", afirmou.

O antigo vice-presidente de Angola Manuel Vicente é apontado como uma personagem central da política angolana, tendo sido vice-presidente de José Eduardo dos Santos e um dos poucos que transitaram do ciclo mais próximo do antigo Presidente para o actual, junto de quem ocupa o influente cargo de conselheiro para o sector da energia.

Fonte: AO24H

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