Cresce o número de casos de violência contra homens na província do Huambo
O número de denúncias feitas por homens duplicou nos últimos onze meses, o que tem vindo a preocupar as autoridades daquela região do país

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Segundo Armindo Sawanda, o aumento do número de casos registados de violência contra homens deve-se à mudança de mentalidade e comportamento das pessoas na denúncia dos actos de violência, sendo agora mais frequente os casos graves serem encaminhados ao Serviço de Investigação Criminal.

Sublinhou que o número de homens que está a denunciar a violência tem vindo a aumentar consideravelmente. Armindo Sawanda explicou que o ciúme, falta de confiança, desentendimento no lar e falta de assistência às crianças, após o divórcio, têm sido os motivos mais indicados para as atitudes agressivas.

 Durante o período em referência foram igualmente registadas 28 ofensas morais contra mulheres e 26 contra homens, oito casos de esfaqueamento de mulheres, sete queimaduras contra mulheres e quatro contra homens, bem como 13 desalojamentos de mulheres e seis casos de venda de casas, prejudicando mulheres.


Nos últimos onze meses foram também registados 12 casos de privações de bens contra mulheres e quatro contra homens, 34 de fuga à paternidade, 370 de fuga à maternidade, 128 abandonos de lar em prejuízo às senhoras e 22 a homens. Dos casos registados este ano, disse, destacam-se o abandono familiar e os mais frequentes são o incumprimento de mesada, fuga à paternidade, violência sexual, patrimonial e física.


O responsável referiu ainda que a instituição trabalha com as famílias, promovendo encontros de sensibilização, palestras e campanhas para a mudança de comportamento, e aconselha a denúncia dos casos de violência doméstica, uma vez que já existe uma lei para o efeito. “No passado era mais difícil, porque os homens não denunciavam, mas hoje as pessoas são mais abertas e denunciam logo que sejam violentadas”, disse.


O chefe de departamento apela às vítimas a não se calarem, porque a violência, ultimamente, não escolhe idade, género nem status social e pode causar a morte.
Armindo Sawanda referiu que a divulgação da Lei Contra a Violência Doméstica tem permitido despertar a consciência da sociedade, contribuindo para a mudança de atitude por parte de muitas famílias na província do Huambo.

JA

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