Comandante de Esquadra foi “despromovido”
A Polícia Nacional condenou hoje a atitude de um dos seus agentes, já detido, por disparar mortalmente sobre uma vendedora ambulante, em Luanda, assumindo "excesso do uso da força" e em resposta, despromoveu o Comandante de Esquadra onde o agente trabalhava.

O incidente, que ocorreu na final da tarde de terça-feira, no bairro Rocha Pinto, distrito urbano da Maianga, causou tumultos na sequência do disparo mortal efectuado contra a mulher, de 28 anos, de nome Juliana Kafrique, com “fortes indícios de inobservância dos princípios de actuação policial” e “excesso de uso da força”.

Em uma nota de imprensa, enviada a Angola-Online, a Polícia Nacional, afirma que “os integrantes da equipa que estiveram no local da ocorrência, nomeadamente, o Comandante de Esquadra, o chefe da equipa foi-lhes aplicada a sanção disciplinar de DESPROMOÇÃO, e ao Agente (presumível autor), deverão será responsabilizado disciplinar e criminalmente, de acordo com a Lei e o seu grau de culpabilidade”.

De salienta também que o comandante-geral da Polícia Nacional, Paulo de Almeida, pediu desculpas à família de Juliana Kafrique e à sociedade em geral. 

A policia afirma ainda que não são permitidos o uso de armas de fogo contra cidadãos indefesas, os agentes só são autorizados a usa-los “quando estão em causa a vida e a integridade física de Agentes da Autoridade e cidadãos”

“As orientações emanadas pela Direcção do Comando Geral da Polícia Nacional não se coadunam com o recurso de armas de fogo como primeira medida para o controlo das incivilidades e transgressões administrativas, mas sim, como último recurso, quando estão em causa a vida e a integridade física de Agentes da Autoridade e cidadãos”, fez saber.

A Polícia Nacional compromete-se em esclarecer todos os factos, bem como levar à justiça todos envolvidos no acto que culminou com a morte da cidadã.

Fonte: Jornal Angola

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