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A fonte, que pediu o anonimato, informou que na Morgue Central de Luanda existem 15 câmaras frigoríficas, correspondendo a 174 gavetas, mas oito das quais se encontram avariadas e apenas sete estão a funcionar a 75 por cento.
Além da avaria das câmaras, disse que a morgue enfrenta sérios problemas de superlotação de cadáveres e, por isso, três a quatro cadáveres são depositados numa mesma gaveta. “É lamentável o que vemos diariamente. Numa gaveta deve, no máximo, ser colocado dois corpos e não ao contrário. Com isso, os defuntos entram em estado de decomposição e é necessário que se tome medidas para evitar situações piores”.
A fonte, que vimos citando, considera ser uma situação grave e alertou ter sido detectada na câmara cinco uma fuga num dos motores e, a qualquer momento, pode parar por falta de manutenção.
“Tem havido muitas reclamações por parte dos familiares quando se deparam com o corpo do seu ente querido em avançado estado de decomposição”, disse, para quem o assunto já se arrasta há dois meses e é do conhecimento do Governo Provincial de Luanda e do Ministério da Saúde.
A funcionária ligada ao departamento de Saúde não entende o porquê desta situação, uma vez que a Morgue Central de Luanda é uma unidade orçamentada e factura algum dinheiro, para além de receber também dinheiro proveniente do Governo da Província.
Explicou que os corpos depositados na morgue pagam o valor de 1000 a 2000 dia e interrogam-se sobre o destino que é dado a estes valores. “ Se não houver uma solução urgente, corre-se o risco de termos um problema grave de saúde pública, o que pode resultar numa epidemia”.
Fonte: Angola 24 Horas