Assinatura de Bornito de Sousa no caso burla tailandesa
A assinatura do Vice-Presidente da República contida na carta endereçada pela ré Celeste de Brito aos supostos burladores tailandeses, para garantir maior credibilidade ao processo de investimento de 50 mil milhões de dólares é “falsa”, confirmou ontem, em Luanda, o director do gabinete de Bornito de Sousa.

José Borges Varela declarou à Câmara Criminal do Tribunal Supremo (TS), que enquanto Vice-Presidente da República, Bornito de Sousa nunca recebeu a ré Celeste de Brito, mas apenas mensagens nas quais informava estar em presença dos investidores tailandeses e que necessitava de uma garantia soberana para assegurar o financiamento de 50 mil milhões de dólares.

“A assinatura é completamente diferente da usada pelo Vice-Presidente da República”, afirmou José Varela, acrescentando que as quatro correspondências com a ré Celeste de Brito foram por via “WhatsApp”. 

O director do gabinete do Vice-Presidente da República anunciou, a propósito, que o valor da garantia soberana solicitada para a concretização do investimento tailandês era de 50 mil milhões de dólares. O ex-chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas Angolanas (FAA), general Geraldo Sachipengo Nunda, deve ser ouvido hoje, no prosseguimento do julgamento do caso “Burla Tailandesa”, iniciado em Janeiro deste ano.

Geraldo Sachipengo Nunda vai ao tribunal na qualidade de presidente da mesa da Assembleia Geral da cooperativa “Njango Yetu”, uma das associações que também beneficiaria do financiamento de 50 mil milhões de dólares dos supostos investidores tailandeses.

Além do general Nunda devem ser ouvidos mais meia dezena de indivíduos, com destaque para o presidente do Conselho de Administração da extinta Agência para a Promoção do Investimento e Exportações, Belarmino Van-Dúnem, coronel Ndombele, e Mário Palhares, do Banco de Negócios Internacional (BNI).

O director-geral do Fundo de Apoio Social (FAS), Santinho Figueira, também ouvido ontem, pelo Tribunal Supremo, disse que apenas conheceu os supostos investidores tailandeses quando estes passaram pelo seu gabinete acompanhados da ré Celeste de Brito, na altura titular da Natrabank, com a qual assinou um Memorando de Entendimento para a construção de aldeias rurais.

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